Tuesday, May 8, 2007

Recordar é viver e reaprender

"Se tivesse acreditado na minha brincadeira de dizer verdades teria ouvido verdades que teimo em dizer brincando, falei muitas vezes como um palhaço mas jamais duvidei da sinceridade da platéia que sorria."
Charles Chaplin


Durante a aula de hoje, meia hora de aula do professor André Lemos, deu tempo de alguma coisa me chamar a atenção. Um dos pontos abordados foi o
fordismo, impossível falar de fordismo e não lembrar do taylorismo. Quem estudou um pouco de história deve se lembrar dessas concepções produtivistas. Ambos apareceram com a Revolução Industrial, antes da revolução o trabalho era feito manualmente pelos artesãos, donos da sua própria produção. Após a revolução industrial, com o aparecimento das máquinas, esses trabalhadores deixaram de ser donos da sua própria produção e passaram a trabalhar para uma outra pessoa, sendo empregados. O sistema passou a ser patrão x empregados, ou seja, burguesia x proletariado. Esses trabalhadores passaram a trabalhar nas máquinas, em um trabalho repetitivo, daí surgiram o fordismo e o taylorismo.
No fordismo, o produto vinha de encontro ao trabalhador, quem olha assim pensa que era fácil, acha que os operários não tinham tantos trabalhos, mas se enganam. Esse método aumentou o grau de mecanização no trabalho, reduziu a autonomia dos operários, foi praticamente uma alienação na produção. Utilizava-se uma esteira transportadora para que o produto viesse até o trabalhador, ou seja, ele não dava em passo, porém seu trabalho era repetitivo, tinham apenas uma determinada função que deveria ser realizada o mais rápido possível. Chega a ser desumano. Como não poderia ser diferente, devido a essa atividade intensa, eles não tinham tempo nem de conversarem, de comentar algo, pois a rotina era intensa, então essa repetição das atividades e o tédio faziam com que os trabalhadores não aguentassem por muito tempo.
Já o taylorismo ficou conhecido como a ditadura do relógio, já que visava à racionalização da produção, possibilitando o aumento da produtividade no trabalho, evitando o desperdício de tempo, em uma espécie de tempo útil. Ou seja, o trabalho seria produzido em determinado espaço de tempo, o tempo era pré-programado. O objetivo principal era economizar na mão-de-obra, suprimindo gastos desnecessários, sendo assim, reduzia os custos e elevava a produção.
Quando André Lemos falou rapidamente sobre o fordismo, lembrei do filme Tempos Modernos – de Charles Chaplin, o filme é engraçado, porém, apesar de toda a graça, o assunto é sério, parando para fazer uma rápida reflexão imaginei por instantes como era a vida daqueles trabalhadores, o quanto era difícil. Só assistindo para saber o que tou falando, contando perde a graça. O que posso adiantar é que retrata a neurotização do homem, reduzido a gestos mecânicos pela intensa divisão do trabalho. É uma denuncia do taylorismo / fordismo e sua repercussão na vida do trabalhador. Tenho quase certeza que todo mundo já assistiu esse filme, já que os professores de história costumam utilizá-lo como exemplo.
Em relação às palestras, queria ressaltar a da professora Suzana Barbosa, Doutora em Comunicação e Cultura Contemporânea, o assunto abordado foi visto em sala de aula recentemente, serviu como um reforço. Embora, o assunto ainda esteja bem fresquinho na nossa mente. Ela abordou e frisou mais uma vez a questão da descentralização da rede, falou dos sistemas de comunicação (Pierre Lévy): Um - Todos / em que há um emissor e vários receptores. Não existe interação desse receptor com o emissor. Todos – Todos / pólo de emissão, todos podem ser emissores e receptores, todos passam a produzir a informação. Um outro sistema é o Um – Um / não tem o coletivo da comunicação, como exemplo: o telefone.
Falou ainda da questão das pluralidades das fontes informativas, na qual tem mais pessoas produzindo. O jornalismo cidadão também foi um aspecto comentado, já que alguns sites já disponibilizam para os leitores enviarem suas matérias, como exemplo: O Globo Online que tem a seção Eu - Repórter. E um rápido comentário foi feito sobre o jornalismo 3.0 que é a socialização do conteúdo com os próprios meios, também fez referência ao jornalismo da primeira fase que era apenas uma transposição do impresso, e da segunda fase que os produtos já foram sendo produzidos exatamente para internet.
E na palestra de Messias Bandeira, Doutor em Comunicação e Cultura Contemporanêa, um dos pontos que me chamou atenção foi exatamente o da função do computador. Todos os itens comentados são os que utilizamos no dia a dia, mas talvez nunca tenhamos parado para pensar sobre isso. Entre eles: processador de textos, comunicação, informação, consulta a banco de dados, etc.

1 comment:

Najara Lima said...

giselma, quando você falou das funções do computador, pensei logo na churrasqueira e no barril de cerveja. haha.