Thursday, May 31, 2007

De Karl Marx a Cibercomunismo

O papo agora é Cibercomunismo...

Por comunismo entendemos que seja um sistema econômico em que os trabalhadores passam a ter controle de toda a produção, ou seja, os meios de produção passam a ser de toda a população e não mais de uma parcela que detém o capital. Sendo assim, Karl Marx e Engels, em O Capital (1893), propõem um modelo de sociedade; como o fim das classes sociais e a ausência do Estado.

Agora você deve está se perguntando o que isso tem a ver com o Cibercomunismo, não é? A partir de dois exemplos tentarei levá-los a relacionar o Cibercomunismo e a ideologia de Marx.

O grupo de tecnobrega, Calypso, prefere ter sua gravadora e produtora própria e assim ter controle único da produção e venda de seus cd's do que deixar isso por conta de uma grande empresa. Com isso, o grupo chega nos camelôs e distribui os cd's (que já se encontra no vol. 10), assim, o mesmo ganha público, evita em parte a pirataria e lucra muito mais (não com a venda dos cd's mas com cachês em shows, programas, publicidade, etc.).

Outro exemplo são as comunidades virtuais. Longe dos olhares que os possam condenar, muitas pessoas fazem uso dessas comunidades parar se manifestarem, debaterem sobre ideais, troca de informações e softwares, "se auto-organizam espontaneamente sem dar muita bola para a propriedade privada dos bits que resultam de seu trabalho", afirma Helio Gurovitz em Cibercomunismo (matéria da revista EXAME em 20 de março de 2003).

E então, entendeu a relação?

O lance é simples, o cibercomunismo é fazer uso do ciberespaço banindo o que há fora desse meio virtual, construindo seu próprio Estado, e disponibilizando para outros usuários softwares, músicas, jogos, entre outros, sem necessário o aval de empresas.

Isso gera uma guerra entre os grandes empresários e os cibercomunistas, pois estes tiram a circulação monetária e "colaboram com sucesso em projetos de larga escala seguindo diferentes motivações e sinais sociais, em vez de preços de mercado ou comandos dos gestores das empresas", concluiu Yochai Benkler, professor da Escola de Direito da Universidade de Nova York (extraído da mesma matéria publica pela revista EXAME).

Clique e compre

Vocês conhecem o Compulsion? Eu conheci em uma visita, na semana passada, ao blog do GJOL, o grupo de estudos em Jornalismo Online da Facom. O comentário sobre a ferramenta que transforma um vídeo simples num vídeo clicável, com claros objetivos publicitários, foi postado no dia 22 de maio, mas como ainda não havia nada sobre o assunto no nosso blog, resolvi postar aqui também, para o caso de ainda haver alguém que não conhece a novidade.

Funciona assim: você assiste a um vídeo do Desperate Housewives, por exemplo, e vê uma linda mulher passeando num jardim. Você clica no vestido dela e aparece uma imagem ao lado com a peça, o preço e um link direto para você comprá-la. Ou você clica no terno do apresentador do The Apprentice, Donald Trump (o Aprendiz, apresentado por Roberto Justus, no Brasil) e clica no terno dele, um autêntico Prada, que você pode ter no seu guarda-roupa através de um simples click. Ou você clica no rosto da atriz e sabe que produto cosmético ela está usando e onde encontrá-lo, ou em que salão de beleza você pode fazer o mesmo penteado que ela está usando. E isso não funciona só com roupas e acessórios. Você pode ter acesso a links de sites institucionais, de notícias ou fofoca, músicas, mais vídeos. O Compulsion é utilizado em vídeos que já foram publicados, e depois de sua aplicação os links podem ser alterados sem problema.

A utilização dos meios de comunicação para fins publicitários é uma possibilidade já bastante antiga, mas com as tecnologias da informação e da comunicação esse uso é potencializado de incríveis maneiras. É extraordinário o poder de rechear um conteúdo de programas de TV ou de vídeos institucionais com links que remetem o espectador a uma compra, ou a uma segunda leitura, ou a uma audição de canções relacionadas ao vídeo.

Na mesma arena, há de se considerar que isso mexe com o desejo do cidadão comum de ter uma peça de roupa idêntica àquela que o seu ídolo veste, de saber de que grife é o seu terno, ou quanto custa aquele belo sapato. Por outro lado, é legal você ter acesso a mais notícias acerca de alguma parte do vídeo ao qual você assiste, ou escutar uma música a ele relacionada, ou até ver mais vídeos sobre o mesmo tema. Bom, para entender melhor o que eu estou falando, só vendo com seus próprios olhos, ou melhor, clicando com seu próprio mouse. É só acessar
http://www.compulsion.tv/videoSamples/stream_samples.php, ficar um tanto boquiaberto e controlar a sua “compulsão” em consumir.

Wednesday, May 30, 2007

CIDADE DIGITAL

As feiras de tecnologia são um convite à imaginação. Nos levam
ao mundo da fantasia; nos remetem ao encantamento infantil dos tempos do
brinquedo Lego. O consumismo, claro, está no pacote. O sonho de viver
numa casa digital custa caro e é inacessível a maioria dos mortais. Mas
que dá uma baita vontade de experimentar botões, controles,
dispositivos, cliques e todos os confortos que eles proporcionam, dá.
A última feira que me chamou atenção foi montada durante o
Congresso de Informática e Inovação na Gestão Pública, realizado em São
Paulo no fim de maio. O cenário da chamada Cidade Digital ocupou 150 m2
da Federação do Comércio. Todo o local tem conexão sem fio (wireless).
Os detalhes estão na coluna "Tecnologia" do portal de notícias
G1:
"Na pracinha central, os orelhões têm tecnologia VolP. No Tribunal de
Justiça, os processos são digitalizados e podem ser consultados via
internet. Na escola, uma lousa inteligente exibe documentos do
computador. No hospital, os médicos já sabem qual o problema do paciente
antes mesmo de ele desembarcar da ambulância. E nos ônibus, as passagens
são pagas com o telefone celular."
A tecnologia de pagamento de transporte público com celular já
existe na França; basta o usuário aproximar o telefone ao dispositivo de
cobrança instalado nos ônibus. A cobrança, que é feita através dos
créditos do telefone ou débitos na conta bancária, depende dos
cartões SIM dos celulares, ou seja, só pode ser feita nos aparelhos
com tecnologia GSM.
Fico pensando.... Em Salvador a mudança do Smart Card, que
desde o ano passado foi substituído por um cartão eletrônico, já causa
"pano pra manga". Usuários reclamam das falhas no sistema - já houve
casos de cartões que têm crédito mas não foram aceitos pelo dispositivo
por falta de manutenção.
Imagine andar de "buzu" pagando a tarifa com o telefone celular.
Como se diz na minha terra: é muita areia pro nosso caminhão.....

O MINISTRO E A INTERNET

As aulas de André Lemos têm sido um convite a reflexões não
apenas acadêmicas, mas também culturais e porque não dizer, nostálgicas.
As referências a movimentos contemporâneos, sobretudo de décadas
passadas, me levam a uma breve viagem de volta aos meus 20 anos. A
última pérola do professor foi a lembrança de uma das músicas que
marcaram minha juventude. Cérebro eletrônico, escrita pelo nosso
ministro-cantor Gilberto Gil em 1969, já previa o poder do computador na
sociedade contemporânea, mas sabiamente ressaltava a limitação desta
força (veja a letra abaixo).
A canção mostra a intimidade do ministro com a tecnologia, desde
os primórdios. Gil sempre se mostrou atento aos avanços tecnológicos e
se tornou um defensor da internet livre. Em 2006, defendeu, no
Parlamento Europeu, o direito a liberdade de acesso à rede, na ocasião
em que apresentou a Carta dos Direitos da Internet. Disse o ministro:
- Como cidadão e artista, acredito ser muito importante para nossa
geração garantir o acesso às novas ferramentas de criação que a
internet nos oferece.
Antes disso, em janeiro de 2005, o ministro participou de um
debate sobre Software Livre no Fórum Social Mundial; foi aplaudido ao
defender a liberdade digital. As palavras de Gil:
- A batalha do software livre, da Internet livre e das conexões livres
vão muito além delas, de seus interesses. É a mais importante, e também
a mais interessante, e a mais atual das batalhas políticas.
Gilberto Gil também participou de um disco livre promovido pela
Creative Commons, com a música Oslodum. "Minha visão pessoal é que a
cultura digital traz consigo uma nova idéia de propriedade
intelectual, e que esta nova cultura de compartilhamento pode e deve
informar políticas governamentais."
E pra quem é nostálgico como eu, vejam a poesia do ministro
visionário, em 1969!!

Cérebro eletrônico
letra e música: Gilberto Gil
1969

O cérebro eletrônico faz tudo
Faz quase tudo
Quase tudo
Mas ele é mudo

O cérebro eletrônico comanda
Manda e desmanda
Ele é quem manda
Mas ele não anda

Só eu posso pensar se Deus existe
Só eu
Só eu posso chorar quando estou triste
Só eu
Eu cá com meus botões de carne e osso
Hum, hum
Eu falo e ouço
Hum, hum
Eu penso e posso

Eu posso decidir se vivo ou morro
Porque
Porque sou vivo, vivo pra cachorro
E sei
Que cérebro eletrônico nenhum me dá socorro
Em meu caminho inevitável para a morte

Porque sou vivo, ah, sou muito vivo
E sei
Que a morte é nosso impulso primitivo
E sei
Que cérebro eletrônico nenhum me dá socorro
Com seus botões de ferro e seus olhos de vidro

iPod e iGasm

Lembram daquela notícia que eu postei há umas duas semanas falando sobre o iGasm, acessório que transforma iPod em vibrador? Parece que a Ann Summers, empresa que fabrica o tal utensílio estava fazendo uma campanha publicitária bem parecida com a do iPode e a Apple não gostou nada disso.

A Apple anunciou que pretende processar a Ann Summers pela similaridade existentes entre os anúncios do iGasm e do iPod, que poderia levar a uma associação entre os dois produtos. Parece que a invenção vai gerar ainda muita polêmica. Veja na seqüência a matéria na íntegra, que também pode ser encontrada no Terra.

Quarta, 30 de maio de 2007, 12h50
Apple quer processar empresa de vibrador para iPod

A Apple pretende processar a empresa que fabrica o iGasm, um brinquedo adulto erótico. O aparelho pode ser ligado no iPod e provocar estímulos íntimos ao ritmo da música sendo reproduzida. Executivos da Apple afirmam que o grande problema não é o acessório em si mas sua campanha publicitária, bastante parecida com a do iPod.

Segundo o site britânico Computing, os executivos da Apple se incomodaram mais com a peça publicitária do aparelho do que com o próprio iGasm. Segundo o anúncio, o iGasm "leva sua imersão na música a um nível mais profundo". A empresa de Cupertino entrou com uma ação contra a empresa Ann Summers, que fabrica o controverso dispositivo. O assunto foi alvo de matérias em inúmeros sites voltados ao mundo Apple como o Mac Daily News. Mesmo sites dedicados a PCs, como o PC Advisor deram destaque ao caso.

A ação judicial trata especificamente da similaridade dos anúncios e banners, que mostram a silhueta de uma mulher seminua usando o iGasm, cujos cabos somem sob suas roupas íntimas. Um exemplar do anúncio pode ser visto no atalho:dtmurl.com/ajl. Há uma série de propagandas do iPod que também usa silhuetas de pessoas.

A imprensa internacional se esforça para dar um tom jocoso ao fato. O título do artigo do site Computing, por exemplo, é "iGasm ad rubs Apple up the wrong way" (numa tradução livre, "anúncio do iGasm não estimula a Apple do jeito certo"). Ao tablóide britânico News of the world, Jacqueline Gold, CEO da rede Ann Summers, declarou com ironia: "talvez eu possa mandar uns iGasms para eles, quem sabe melhoram de humor".

Inclusão digital

Gostei do comentário de André Lemos na aula do dia 23/5 sobre o processo de inclusão, em que afirmou não ser a exclusão um fenômeno das novas tecnologias e que o Brasil é um país de diversas exclusões.
Concordo com a visão de que a inclusão digital é um meio para promover a inclusão social, mas para isso, é preciso traçar um trabalho de educação em paralelo. Não basta apenas distribuir computadores para todos, é preciso ensiná-los a expandir seus horizontes através do meio digital, é preciso, como disse André Lemos, modificar as condições de existência das pessoas.
Espero que essa busca frenética pela inclusão digital se preocupe com aspectos que ultrapassem o caráter tecnocrata desse processo para não corremos o risco de repetir o erro cometido na busca de reduzir os índices de analfabetismo, em que os estudantes passam de ano sem ao menos saber ler e escrever, simplesmente, para "engrossar" os índices do governo.

O Futuro é Livre!

Na aula do dia 23, o tema "inclusão digital" foi bem recorrente. Segue uma entrevista que aborda o assunto concedida por uma das figurinhas mais repetidas desse blog: Sérgio Amadeu.

A matéria é do Jornal A Tarde, caderno Digital, e foi feita pelo repórter Rodrigo Vilas Bôas.

"O governo está tímido em relação à inclusão digital"

Um dos principais ícones e defensores do software livre no Brasil, Sérgio Amadeu da Silveira acredita que o Brasil não conseguirá romper com a miséria se não apostar na educação massiva e nas tecnologias do futuro.

Em passagem por Salvador, na semana passada, ele participou do debate de abertura da III Semana de Software Livre da Faculdade de Educação (FacedUfba). Sociólogo e doutor em Ciência Política pela Universidade de São Paulo (USP), Silveira já presidiu o Instituto Nacional da Tecnologia da Informação (ITI), de 2003 a 2005, foi membro do Comitê Gestor da Internet no Brasil. Em entrevista exclusiva ao repórter Rodrigo Vilas Bôas, ele fala sobre inclusão digital e expansão dos softwares livres no País. Amadeu opina sobre o papel do governo em relação à inclusão e comenta sobre o futuro da Microsoft em relação aos softwares livres. Na avaliação dele, graças a esses softwares, jovens talentosos vão poder se destacar no mercado de trabalho, criando produtos interessantes e de boa qualidade.

A TARDE A inclusão digital depende de elementos como o computador, o telefone e o provimento de acesso à formação básica em softwares aplicativos. Em que ela esbarra no Brasil?
SÉRGIO AMADEU Nenhum país com tecnologias ultrapassadas consegue dar um salto em direção ao desenvolvimento. O governo brasileiro está sendo tímido em relação à inclusão digital. Existe uma incompreensão do que ela significa. Inclusão digital não é computador. É um amplo processo de capacitação, que engloba unidades de acesso coletivos gratuitos, monitores e suporte técnico.

AT O que está faltando?
SA O governo federal deveria reunir os governos estaduais e fazer um processo de organização das políticas públicas de inclusão digital. Definir o papel dos estados e municípios. Defendo o uso do computador como um elemento que possa ampliar as possibilidades de ensino e a aprendizagem. As escolas do jeito que estão hoje, no entanto, são incapazes de preparar a sociedade. Acredito que a máquina em si não faz nada. Mas as crianças em rede podem gerar um processo sinergético que pode revolucionar a educação.

AT Utilizar softwares livres nas escolas ajudaria a revolucionar a educação?
SA Os governos devem usar os programas de software livre. A Bahia já começou a fazer isso. É preciso incentivar o uso de computadores que já venham com softwares livres instalados. Dessa forma, a lógica de utilização vai se disseminando nos usuários.

AT O que está faltando para o software livre explodir?
SA O uso do software livre é uma mudança de paradigma, de cultura. Para que ele se implante, é necessário superar todo o processo que mantém o software proprietário na residência das pessoas.

AT Quais as vantagens do software livre?
SA O monopólio mundial de softwares sempre viveu de cobrar licença de empresas, instituições e governos. O código-fonte do software livre é liberado e não está restrito a um país. Isso beneficia o desenvolvedor local ao permitir que ele conheça a aplicação do software que está usando.

AT A Microsoft não vê com bons olhos o software livre. Isso não dificultaria a sua disseminação?
SA A tendência da Microsoft é aderir, num futuro próximo, ao software livre. Colaborar é mais eficiente do que competir. Ela vai resistir, tentar açambarcar, envolver, mas será derrotada.

AT Aliás, muitas empresas já estão aderindo...
SA Os governos da Europa e o do Brasil estão optando por usar formatos abertos. Não é interessante ficar amarrado no formato de uma única empresa. O Open Document Format (ODF), por exemplo, é um formato de texto bastante utilizado, uma necessidade de interoperabilidade e comunicabilidade.

AT Você pode explicar melhor o que é o ODF?
SA É um padrão para a produção de texto. Salva-se hoje em .doc, que é um formato proprietário. Quando se usa um padrão aberto, independe do software. Se deixar de existir incompatibilidade de formatos, o consumidor poderá escolher softwares legais e sem licença de propriedade.

AT E como fica a concorrência de softwares?
SA Haverá disputa de vários produtos dentro do mesmo padrão. A diferença é que o consumidor não terá mais problema ao usar um software específico para abrir os documentos na máquina. O software livre permitirá que jovens talentosos se destaquem no mercado de trabalho, criando produtos interessantes e de boa qualidade. Já os softwares proprietários, não permitem isso. O desenvolvimento é concentrado nos países de primeiro mundo, que controlam o conhecimento.

AT Em quais ramos está se expandindo o software livre?
SA O software livre está crescendo muito no ambiente de redes e eletroeletrônicos. Os empresários precisam embarcar softwares em seus produtos. Daí eles escolhem softwares mais estáveis e que permitem adequação total ao seu produto. A melhor opção são os códigos de fonte abertos, pois não exigem acordos de confidencialidade nem pagamento de royalties.

AT O governo japonês está diminuindo a dependência de plataformas da Microsoft, priorizando soluções abertas para a administração pública. O modelo pode se repetir no mundo?
SA Há uma percepção maior hoje de que a lógica do licenciamento proprietário é perversa em relação ao Estado. O software proprietário é como comprar e não levar para casa. Quando se faz uma licitação e se adquire um software livre, cria-se a possibilidade de se fazer alterações com qualidade e menor custo. Não se fica na mão de nenhuma empresa por não possuir o código-fonte.

AT Quem já aderiu ao código livre no Brasil?
SA Por motivos de segurança, o Exército Brasileiro já fez processo de migração para o software livre. Um código-fonte fechado é inseguro pelo simples fato de não se saber o que se tem dentro dele. Já o aberto permite a auditabilidade plena sobre o produto usado. O Banco do Brasil usa software livre. A Caixa Econômica Federal está migrando 25 mil máquinas. Programas do governo federal fazem o mesmo. O futuro é livre.

Tuesday, May 29, 2007

Cultura, cultura, cultura



Não existe cultura pura, quanto mais aberta ao diálogo e negociação, ela se torna mais rica. A identidade dela surge a partir da junção destas culturas. Quando encontramos, por exemplo, um negro alisando o cabelo ou um negro utilizando o cabelo “rasta” percebemos que hoje a nossa cultura é mais pluralizada.

A Cultura remixada é a invenção de um novo produto e a possibilidade de recriá-lo. Para o cinema e a música, a remixagem é a alternativa para uma nova expressão e cada vez mais um conceito que ocupa espaços culturais, onde se notam manifestações que buscam novas linguagens e narrativas. Diante deste conceito, reiventar é desconstruir novas formas e novas visões de mundo. Este tipo de cultura, permite ainda a liberdade durante a criação, sem que haja a preocupação com o bom ou ruim, mas sim, a possibilidade do surgimento de uma nova leitura.


“Artistas que buscam novos intercâmbios e narrativas ocupam cada vez mais os espaços culturais, interferindo e recriando as artes plásticas, o audiovisual e a música.” http://www.cultura.gov.br/

Ciberpunks

Semana passada, em uma das aulas, o Prof. André Lemos comentou sobre os Ciberpunks e o livro "Neuromancer", de Willian Gibson (1984). Resolvi então me informar melhor sobre eles e dividir isso com vocês. Como esse assunto requer mais pesquisa e uma análise mais profunda, serei breve no meu post fazendo uma aborgem geral.

O Ciberpunk é um movimento literário da ficção científica, originado nos Estados Unidos a partir da publicação do livro "Neuromancer".

No livro, o autor aborda a relação da cibercultura e da cultura pop, diferenciando o Punk (movimento organizado, unificado que tem como objetivo afirmação de um estilo e uma personalidade sem envolver questões éticas, políticas e sociaisnas décadas de 70 e 80) do Ciberpunk (utilizam o ciberespaço para realizar atos de vandalismo e protestos contra algumas empresas).

A denominação Ciberpunk foi dada pelo escritor Bruce Bethke (Ciberpunk = cibernético + punk devido aos argumentos contra o sistema, contra-cultra) e, assim, a literatura passou a fazer uso desse termo.

"O herói Ciberpunk, freqüentemente um hacker solitário disposto a romper o autoritarismo das grandes corporações e governos autoritários, é de certa forma um punk. Ele vive em cidades enormes iluminadas à noite pelas luzes dos prédios e carros, num futuro não tão distante, numa sociedade problemática. Tudo que o cerca é sinistro, degradado. 'Tudo que pode ser feito a um rato pode ser feito a um ser humano. E nós podemos fazer quase tudo a ratos. Isso é uma coisa difícil de se pensar, mas é a verdade. Não vai desaparecer porque cobrimos nossos olhos. Isso é ciberpunk', diz o escritor Bruce Sterling, resumindo o clima em que são ambientadas as histórias de Ficção Científica Contemporânea" (BERCITO, Diogo. O que é Ciberpunk?. extraído de: http://www.facasper.com.br/cultura/site/ensaio.php?id=326 visitado em: 28 mai. 2007).

E, aqui vão algumas dicas para quem quiser saber mais sobre o mundo de ficção dos ciberpunks: A Ficção Científica Cyberpunk - artigo do prof. André Lemos ou leia o livro: Ciberpunk: Fção e Contemporaneidade, de Herlander Elias.


A Internet e o Media Watching


A crítica de mídia, ou media-watching, é uma prática que surgiu nos Estados Unidos - com a publicação intitulada “Fair” (Fairness & Accuracy in Reporting), fundada em 1986, na era Reagan, com o propósito de fiscalizar a intromissão do poder econômico e político na imprensa - e sensibilizar a sociedade e os profissionais de comunicação quanto à responsabilidade que o jornalismo desempenha, como serviço público que deve ser usado em favor da comunidade.

A prática então passa a ser exercida em outros países como a França, onde foi fundado, o Observatoire de la presse, e em Portugal com a revista Obercom - Observatório de Comunicação. No Brasil, a mídia começou a ser objeto de crítica por iniciativa do jornalista Alberto Dines, diretor de redação do Jornal do Brasil, em 1965. Após visita ao World Press Institute (vinculado à Universidade de Columbia -EUA), Dines surpreendeu-se com o boletim “Vencedores e Pecadores”, que fazia a crítica interna do jornal The New York Times. De volta ao Brasil, agora ao lado do jornalista Fernando Gabeira, Dines lança uma publicação que funcionou como fórum de críticas à mídia, o “Cadernos de Jornalismo e Editoração”, a primeira experiência de crítica de mídia brasileira.

O media watching só ganhou mais espaço quando empresas, preocupadas em manter a credibilidade com os seus leitores, resolveram utilizar um serviço de atendimento criando o cargo de Ombudsman, um profissional que ouve as reclamações, investiga os comentários e queixas sobre o conteúdo do jornal e aponta os erros encontrados nas edições, recomendando ações corretivas. Como o caso da Folha de São Paulo, que até hoje mantém uma coluna de ouvidoria.

As experiências de observação de mídia no ambiente impresso brasileiro não deram certo. Muitas se extinguiram, com exceções da Folha de São Paulo, que, como já foi citado anteriormente, publica a sua coluna de ouvidoria, e da Revista Imprensa, de periodicidade mensal.

O media watching no país dá seus passos mais largos concomitante ao ritmo que a internet também avança ao uso popular. Em 1996, surge o Observatório da Imprensa, que tem à frente, o já experiente crítico de mídia, Alberto Dines. A experimentação do Observatório, coloca a internet com um campo propício para a cultivação do media watching, principalmente por se afastar dos altos custos de produção gráfica e aproximar-se da velocidade da informação.

A facilidade para se colocar um site no ar é muito maior comparada à dificuldade de publicação de um veículo impresso, televisivo ou radiofônico. A crítica de mídia transita principalmente pelo meio acadêmico, entre professores e alunos de graduação e pós-graduação das escolas de jornalismo do país, sejam elas estatais ou da rede privada. Esta facilidade se transfigura na maior participação de professores e alunos que praticam o media watching em aulas opinativas ou não, dentro dos laboratórios de informática das escolas.

Outro ponto positivo da internet para a expansão dos observatórios de imprensa no Brasil é a instantaneidade da informação, fundamental, pois, no compasso que as publicações da grande imprensa são emitidas, elas são analisadas e, esta análise já pode ser lida nos sites de observação de mídia. Isto faz com que a crítica não se distancie, em tempo e espaço, do conteúdo publicado e criticado.

Com a hipertextualidade, presente apenas no jornalismo online, o leitor pode visualizar o conteúdo analisado no mesmo momento e tipo de veículo em que está lendo a crítica, através de links. Além disto, a internet traz a ferramenta de interatividade com o público, que de acordo com Bardoel e Deuze (2000), permitem transformar o leitor/usuário em parte do processo. As duas ferramentas juntas, a hipertextualidade e a interatividade, propiciam que o leitor/usuário emita uma segunda crítica, fazendo da observação de mídia na internet, um processo muito mais democrático de análise e crítica de mídia.

O ambiente virtual e a experiência do Observatório da Imprensa são tão positivos ao media watching, que outros sites surgiram ao longo destes 11 anos de crítica de mídia no Brasil. Citarei algum deles: Canal da Imprensa; SOS Imprensa; Mídia e Política; Monitor de Mídia; NEMP; Análise de Mídia; Agência Unama e ANDI.

Agora, analisando os sites de crítica de mídia, observamos que eles estão acompanhando o desenvolvimento da própria internet e já disponibilizam ferramentas como o RSS, comentários nos textos publicados, envio por e-mails e lista dos textos mais lidos.

Uma análise retroativa nos remete que, apesar de o Observatório da Imprensa ser o primeiro site de media watching brasileiro e um dos primeiros de conteúdo jornalístico do país, ele já pula, logo ao nascer, a primeira fase do webjornalismo; o da transposição, ou webjornalismo de primeira geração. Ele nasce com conteúdo próprio para o veículo online, e também não possui a fase de metáfora, já que não tem referências do meio impresso.

É também o Observatório, um dos primeiros veículos a percorrer o processo inverso da convergência. Ele é criado na internet, passa para o ambiente televisivo e depois ao radiofônico, para por fim possuir uma edição impressa. A versão impressa do Observatório da Imprensa é transposta do veículo virtual, ou seja, um compilado dos melhores textos publicados no Observatório na internet. Sua periodicidade é mensal, mas não tem uma distribuição efetiva e consolidada, por isso não o incluí na lista dos observatórios impressos.

Outro site que ruma à inversão da convergência é o Monitor de Mídia, de Santa Catarina, que já possui um programa televisivo no canal universitário TV Univali, O programa vai ao ar semanalmente pelo sistema de tv a cabo

Monday, May 28, 2007

Software livre para a redução de custos

Diante de tantas explicações e discussões em sala de aula sobre “Software livre” resolvi pesquisar sobre o assunto. “Software livre - uma contribuição significativa da tecnologia para a redução de custos.” Os softwares livres são criados a partir da colaboração voluntária de centenas de pessoas e permitem que qualquer um copie, use, estude ou até modifique sua programação. O Brasil foi o primeiro país do mundo a traduzir e a regulamentar a licença que caracteriza um software como sendo livre e que tem valor jurídico no país, ou seja, um software licenciado com a GPL pode ser utilizado sem problemas, o código-fonte está disponível e tem direito autoral.

Apesar de a maioria ser gratuita, é possível ganhar dinheiro com este tipo de software? O que se paga não é pelo produto e sim pelo suporte. A IBM Consulting, por exemplo, faturou em 2002 US$ 1 bilhão com a consultoria em Linux.

Algumas organizações que usam software livre em Salvador:

Jornal A Tarde
Saveiro Veículos
Pejota Propaganda
Secretaria da Fazenda/BA
UnimedProdasal
Prefeitura Municipal de Jequié

O Google como extensão do meu cérebro?

Larry Page, 34, e Sergey Brin, 33 - a dupla de fundadores do Google



Tenho um amigo que todo dia coloca nicks comédia no msn dele. O de hoje é: "O Google é o meu pastor. E nada me faltará". Conversei uns dois minutinhos com ele. Sempre tendo entender o porquê das frases e dessa vez, parei para refletir um pouco a influência desse site de buscas em minha vida. Lembro do tempo que fazer buscas pela internet era usar a lupinha do Internet Explorer. Também teve o tempo do Cadê?, alguém lembra?

Mas o Google, sem sombra de dúvida, domina hoje em dia. Ao abrir o caderno Cultural do Jornal A Tarde de sábado (26 de maio), vejo que a matéria de capa é justamente sobre ele: o fantástico mecanismo de busca que tem a pretensão de ser a extensão do nosso cérebro. O livro contando a história do Google (Google - A história do negócio de mídia e tecnologia de maior sucesso dos nossos tempos), escrito por David A. Vise e Mark Malseed, já pode ser comprado por R$ 33,90.

Segue a matéria que conta um pouco dessa história e explica que papo é esse de extensão do cérebro...

PS: Usei o Google para achar o endereço do Cadê? hehehehehehe

A história da maior ferramenta de busca

A Tarde, Caderno Cultural

Os jornalistas investigativos David A. Vise e Mark Malseed não poderiam ter começado a contar a trajetória dos criadores da ferramenta de busca Google da maneira mais apropriada à carreira deles: saindo em busca de informações.

Mas, ironicamente, seguiram o caminho inverso do que fazem milhares de internautas quando necessitam pesquisar de forma rápida, detalhada e precisa: eles deixaram de lado um simples clicar de mouse e entrevistaram mais de 150 pessoas, levantando tudo que fosse interessante ter em mãos – vídeos, áudios, documentos e textos – para conhecer os “meninos” sóciosfundadores da Google Inc., Sergey Brin e Larry Page, que se conheceram em 1995, no campus de pós-graduação de Matemática da Universidade de Stanford, na ensolarada Califórnia.
No livro Google – A história do negócio de mídia e tecnologia de maior sucesso de nossos tempos, os autores levam o leitor além da ferramenta.E a questionar como uma tecnologia de busca por informações tornou-se indispensável de uma hora para outra, assim como nos fazem pensar sobre o avanço da tecnologia em nossas vidas.

VERBO – Desde a fundação, em 1998, o Google vem registrando crescimento. Em um ano, tornouse sete vezes maior. A ferramenta ganhou tanta popularidade entre os usuários que, em pouco tempo, “googlear” não apenas transformou-se em sinônimo do verbo “buscar” como passou a influenciar a cultura global.

Tanto é assim que os desafios da poderosa ferramenta, explicam os autores do livro, vão além do simples “clicar, pesquisar e encontrar”.A meta ambiciosa de Brin e Page é levar o máximo de conhecimento a um número cada vez maior de pessoas que trafegam na rede. Uma delas seria a digitalização de milhões de livros de bibliotecas de Stanford, Harvard, Oxford, Universidade de Michigan, entre outras.

O objetivo é tornar todo o conteúdo disponível online, para acabar de vez com as limitações físicas de uma biblioteca. Se a proposta parece grandiosa, talvez devêssemos lançar um olhar mais atento ao nome da ferramenta Google.Pensando em quantidades imensas de dados armazenadas, Sean Anderson, um cara que trabalhava com Brin e Page, quebrou a cabeça com os colegas durante vários dias para batizá-la. Surgiu o nome Googleplex, uma referência a googol, que é o número 10 elevado a 100.

“Google significa um número muito grande. É o número um seguido por cem zeros. Nós estávamos tentando criar um nome e não tínhamos certeza de como se soletrava, então acabamos escrevendo errado. É um termo matemático que é soletrado googol, a maneira correta de soletrar Google”, contou Page, em uma palestra a estudantes.Page disse que achou grande demais e sugeriu uma enxugada no nome: “E se tentarmos apenas Google?”. Nascia ali a ferramenta de busca.

Mecanisco de busca é uma extensão do cérebro

Hoje, é quase impossível imaginar a inexistência do computador e da própria ferramenta de busca, como se ambos fossem até uma “extensão do cérebro”. E não é que os planos ambiciosos da empresa Google esbarram justamente nesse campo?

Brin e Page esperam agregar recursos inovadores unindo ciência e tecnologia. Em pouquíssimo tempo, olharemos a atual ferramenta de busca como um mecanismo um tanto quanto “primitivo”. Os campos da biologia e da genética são o alvo dos jovens googlers, que pretendem investir na fusão entre ciência, medicina e tecnologia.

A inovação partirá do centro de pesquisas avançadas do Google. “Poucas pessoas na ciência da computação estão alertas a alguns dos desafios de informação na biologia e suas implicações para o mundo. Nós podemos arquivar uma enorme quantidade de dados de forma muito barata”, prevê Brin.

E, nesse aspecto, Brin e o sócio acreditam na ferramenta como um suporte aos internautas ávidos por achar informação rápida e certeira, produzindo respostas superiores às que são encontradas nas ferramentas existentes na rede mundial.

APLICABILIDADES – Devolver ao usuário desta tecnologia de rastreamento de informações o que ele realmente busca esbarra justamente nas aplicabilidades que a inteligência artificial e novos métodos de tradução de línguas podem proporcionar no campo da pesquisa na internet. Para chegar ao máximo com a ferramenta, Larry e Sergey montaram equipes de especialistas dos mais variados segmentos – de CEOs garimpados de companhias a Ph.Ds e professores universitários.

A idéia não é apenas fazer nascer dentro do próprio mecanismo Google um universo de informações superior ao que conhecemos hoje.
Segundo os desenvolvedores da tecnologia mais acessada na rede, os benefícios estarão disponíveis para o grande público, que encontrará na rede mundial informação cada vez mais selecionada.

Os “meninos” do Google estão agora debruçados em criar soluções interessantes e acessíveis para os internautas que buscam filmes, programação televisiva e de rádio, imagens e textos exclusivos. Há ainda muito a se explorar, por exemplo, no segmento de tráfego de voz e chamadas telefônicas, material educativo e até mesmo pesquisa sobre o espaço.

Mas isso não quer dizer que vão parar por aí: hoje, pensam em aprimorar sistemas de tradução, projeto que pretende aproximar trabalhos interessantes em línguas que muitos não dominam, promete Brin. E, até, acredite, criar uma grife com a marca Google, em parceria com a Calvin Klein.

Sobre o que a empresa ainda está por fazer a longo prazo, comentam os autores do livro, os rapazes do Google vislumbram chegar a alcançar fontes de energia limpas e renováveis, para abastecer o Google e ampliar o crescimento econômico. É o que podemos dizer sobre o que significa pensar grande, em se tratando de uma empresa fundada há menos de dez anos.

E, dentre os projetos mais audaciosos que a Google está de olho, há os de pesquisa biológica e genética. A busca inteligente – a de “googlear os nossos genes” – já está a caminho. O velho modelo do cientista trabalhando em laboratório começa a ser pensado por pesquisadores a partir de uma nova estação de trabalho: do computador, conectado a bases de dados pela internet, o cientista poderá simular suas pesquisas no próprio ciberespaço. O usuário seria, então, capaz de lançar mão de um sistema de busca inteligente com conteúdo que o transportasse até mesmo ao genoma e à estrutura do DNA, cuja disponibilidade em rede alcançasse uma quantidade inimaginável de possibilidade de pesquisa de bilhões de dados.

E, segundo explicam os autores do livro, o Google topou o desafio de organizar e juntar os dados especializados. Em pouco tempo, novas descobertas no campo da genética estarão disponíveis para que o cientista do laboratório reúna o maior número possível de informações em questão de segundos. Googlear significa, também, criar!

Sunday, May 27, 2007

Sobre hackers

Ao ler essa matéria, lembrei da última aula, achei válido repassar.

Alemanha aprova lei que pune hackers com pena de até dez anos

Por John Blau, para o IDG Now!
Publicada em 25 de maio de 2007 às 13h09
Atualizada em 26 de maio de 2007 às 17h21


Dusseldorf - A legislação proposta em 2006 foi aprovada integralmente. O governo visa a inibir ataques a setores públicos e privados.

A Alemanha aprovou nesta sexta-feira (25/05) uma lei que condena as atividades de hackers. A legislação, proposta no ano passado, foi integralmente aprovada. O governo visa a inibir o crescimento de ataques a computadores dos setores públicos e privados. Apesar da Alemanha já possuir uma lei que engloba ataques em sistemas de tecnologia, a nova legislação visa a cobrir quaisquer brechas remanescentes. A lei define o ato de hackear como a invasão dos sistemas de segurança de computadores para conseguir acesso a dados seguros - mas sem necessariamente roubá-los. Os criminosos são definidos como um indivíduo ou grupo que intencionalmente cria, espalha ou adquire ferramentas de hacker desenvolvidas para propósitos ilegais. Eles podem pegar até 10 anos de prisão. Outros cybercrimes puníveis incluem ataques de negação de serviço (da sigla em inglês DOS) e de sabotagem em computadores domésticos. Eles estendem a lei anterior, que limitava a sabotagem aos negócios e autoridades públicas.
A nova lei, contudo, gerou críticas de alguns grupos, incluindo o clube de hackers Chaos Computer Club e.V., que aponta o trabalho de hackers do bem, também conhecidos como “white hats”. O clube argumenta que estes especialistas poderiam ter suas habilidades limitadas para ajudar os fabricantes de software a desenvolver produtos seguros e empresas a comercializá-los. Continue lendo a reportagem, clique aqui.

Saturday, May 26, 2007

CD é coisa de velho!


Ess ilustração, de autoria do Pedro de Luna, foi publicada na vigésima edição da Outracoisa, revista especializada em música que tem como idealizador e diretor artístico o polêmico Lobão. O legal é que ela fala justamente sobre o uso das novas tecnologias e sobre aquela idéia de que o importante é ter aquilo que há de mais novo no mercado.

Há também aquela fantasia de que, com o surgimento do CD, o vinil ficaria ultrapassado, e que com a chegada do MP3, o CD já era. Pensou-se o mesmo com relação ao surgimento da TV, na era do rádio, e quando da invenção da Internet. E nada disso se acabou. O que se comprova, cada vez mais, é que as novas tecnologias convivem de forma saudável com os meios já tradicionais.

Hackers - Piratas de Computador e "Angelina Jolie"

Na última aula do AL, assistimos a um filme sobre hackers de forma a contextualizar a temática debatida em sala. Aproveitando as informações já obtidas e as fortes chuvas que caem sobre a capital soteropolitana, sugiro o filme abaixo para descontrair e inspirar para mais postagens. Abraço e bom final de semana.
Sinopse:
Um adolescente conhecido como Zero Cool (Jonny Lee Miller) é uma lenda entre os hackers, pois com apenas 11 anos ele inutilizou 1507 computadores em Wall Street, provocando um caos total no mundo das finanças. Por conta deste ato ele ficou proibido de mexer em um computador até chegar aos 18 anos, mas quando pode retorna aos computadores utilizando agora o codinome Crash Override. Até que se depara com um gigantesco plano que, além de tornar o autor muito rico, pode incriminá-lo. Assim, com a ajuda de seus companheiros, ele tenta salvar sua pele.
Curiosidades
- O computador o qual os protagonistas conseguem acessar é um mainframe fictício de nome "Gibson". Trata-se de uma homenagem a William Gibson, autor do livro "Neuromancer", que é considerado o berço do cyberpunk.

- O Manifesto Hacker lido pelo agente Bob é verídico e foi lançado nos anos 80 por um hacker de grande renome que assinava com o codinome "The Mentor".

- Ao término de Hackers o personagem Eugene Belford utiliza o codinome Babbage. Trata-se de uma homenagem a Charles Babbage, inventor do modelo dos primeiros computadores da história.

- O trailer de Hackers exibido nos cinemas mostrava uma cena de nudez de Angelina Jolie. No filme esta cena foi cortada mas ela pode ainda ser vista no próprio trailer do filme, que está disponível no DVD de Hackers

Linchamento Virtual

25/05/2007 - 13h12
"Linchamento virtual" vira moda na China

da Efe, em Pequim

O aumento das "ordens de prisão" virtuais por parte dos internautas chineses, com perseguições e críticas a pessoas que cometeram atos considerados cruéis ou injustos, está criando polêmica na China. Alguns consideram a manifestação uma forma de justiça, mas, para outros, trata-se de violência.

Segundo informa a agência oficial de notícias Xinhua, só no site Baidu.com, um dos principais do país, já existem 50 mil 'ordens de prisão'. Os internautas procuram localizar e humilhar pais que abandonaram seus filhos, pessoas que pediram dinheiro emprestado e nunca pagaram ou corruptos.

A moda começou em fevereiro de 2006. Na época, um vídeo de uma mulher que pisava num gato com crueldade, usando salto alto, foi divulgado na rede. Os internautas chineses, escandalizados, criaram a primeira "ordem de detenção" para localizar a mulher e a pessoa que haviam filmado a cena.

A campanha deu resultado. A identidade dos dois e todos os seus dados pessoais, como endereço e placa do carro, foram publicados na internet. Foi um "linchamento virtual", no qual as duas pessoas perderam seus empregos, mesmo tendo pedido desculpas publicamente.

Desde então, as "ordens de prisão" viraram moda. Os chineses usam a ferramenta para encontrar alguém que odeiam, pedindo apoio na sua condenação. Para muitos, a iniciativa beira a "violência virtual".

Segundo Liu Xin, jurista de Pequim, as ordens "podem ser usadas como ferramenta para criticar malfeitores sociais, promover a fiscalização pública da ordem social" e "melhorar a moralidade social".

Outros, porém, como Xu Xiang, catedrático de sociologia da Universidade de Nanjing, afirmam que as campanhas, mesmo sem valor legal, de fato funcionam como as ordens de prisão oficiais, devido à resposta que recebem dos internautas.

"Na maioria dos casos, são uma espécie de violência virtual ou tortura estimulada por comunidades específicas que não têm nada a ver com uma melhora da moral social", disse Xu. Ele lembrou que "um indivíduo não tem autoridade legal para revelar informação privada de outras pessoas".

A China é o segundo maior país do mundo em número de internautas, com 144 milhões, atrás dos quase 200 milhões dos Estados Unidos.

PC Andrade

Friday, May 25, 2007

Não à impunidade na Internet!

Censura não combina com democracia. Nem com a Internet. A Internet é livre... Essa liberdade, porém, como vimos na última aula, termina quando começam os direitos dos outros. E se existem abusos e crimes, existem leis (que variam de país a país) para puní-los.

O site www.denunciar.com.br, da SaferNet Brasil (uma ONG que reúne cientistas da computação, professores, pesquisadores e bacharéis em Direito), oferece um serviço de recebimento, processamento, encaminhamento e acompanhamento on-line de denúncias sobre qualquer crime ou violação aos Direitos Humanos praticado no ciberespaço (a Central Nacional de Denúncias de Crimes Cibernéticos), e disponibiliza, dentre outras informações, uma cartilha com dicas para uma melhor utilização da Internet e sobre a legislação específica. Confira!

Nesta novela, quem é o vilão e quem é o mocinho???

Na última quarta-feira (dia 23), a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado adiou a votação do polêmico projeto de lei para controle da Internet, proposta pelo senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG). A votação deve acontecer na próxima semana, no dia 30. Se aprovada, a nova legislação obrigará provedores a informar dados sigilosos que levem aos criminosos da Internet, especialmente os invasores de sites: os "hackers". O projeto tem por objetivo incluir no Código Penal a tipificação dos chamados crimes cibernéticos e prevê a "legítima defesa digital", que permitirá a técnicos e profissionais de informática invadir, em caso de suspeita de ataques de hackers, sistemas e meios de comunicação digital de empresas e de pessoas comuns para barrar ataques.

Mesmo não entendendo muito de Informática (e pelo visto o senador Eduardo Azeredo entende menos que eu), senti-me tentada a colocar algumas interrogações aqui neste mundinho digital...

O termo “hackers” no projeto que tramita no Senado é utilizado claramente para se referir aos criminosos da Internet. Bem, como aprendemos nas nossas aulas de Cibercultura, embora o senso comum atribua aos hackers o papel de vilão do mundo digital, o termo é mais apropriado para designar aqueles programadores que, em geral, partem do princípio de que todo sistema de segurança tem uma falha, e de que a função deles é encontrar essa porta, sem a finalidade de cometer crimes, mas sim de (re)construir a rede, tornando-a mais acessível e, desta forma, melhor (como fizeram os invetores da microinformática). Os vândalos, que se aproveitam destes conhecimentos para cometer os crimes no ciberespaço, como vimos insistentemente, são os crackers.

A pergunta é: esse uso incorreto de terminologia no projeto de lei não criaria um engodo? Estaria a lei protegendo os “vilões” e condenando os “mocinhos”?

E só mais uma coisinha... Qual o melhor termo para definir aqueles técnicos e profissionais que possuirão todo o respaldo da lei (da “defesa digital”) para invadir de simples e-mails a sistemas secretos de empresas, tendo acesso, inclusive, a conhecimentos estratégicos? Hum... “Defensockers”?

Wi-Fi é inofensivo para saúde, conclui estudo

Terça-feira, 22 de maio de 2007 - 16h05

SÃO PAULO - Estudo encomendado pelo governo inglês conclui que a radiação gerada por redes Wi-Fi é inofensiva para seres humanos.

A polêmica em torno das redes sem fio ganhou notoriedade há dois meses, quando professores de escolas infantis exigiram estudos sobre a segurança das redes. Na Inglaterra, 80% das escolas de educação fundamental possuem sinal Wi-Fi.

A Health Protection Agency, equivalente ao Ministério da Saúde, encomendou então estudos para a universidade de Nottingham, na Inglaterra, e de Washington, nos Estados Unidos.
O estudo concluiu que a radiação do Wi-Fi é muito baixa, mesmo quando o usuário trabalha com o laptop sobre as pernas, portanto com o receptor de sinal muito próximo ao corpo.

O mesmo estudo aponta que telefones celulares oferecem radiação três vezes maior que um roteador Wi-Fi. As universidades lembram que diversos estudos apontaram que celulares não tem potencial para gerar malefícios à saúde humana.

Felipe Zmoginski, do Plantão INFO

"Tudo por ser mais fácil quando você não precisa de intermediários"

Minha vó poderia não saber mexer no controle remoto da tv. Mas tenham certeza que, fazia questão de uma antena parabólica para assistir à missa, de um vídeo-cassete para relembrar das formaturas e casamentos que assistiu e, principalmente de um celular com viva-voz, para que o bate-papo entre a família seja compartilhado com outros.
Impossível negar que, quando algum neto ousava pegar o xodó do controle remoto, ela virava uma fera.
Imagino que, se viva, poderia pedir de presente um DVD (meu avô até pediu, mas não viveu o tempo suficiente para nós comprarmos) e, de brinde a mídia do Padre Marcelo Rossi com músicas para louvar o Senhor.
Então, quando ouço André Lemos dizer que o pai não entende o que é comprimir uma música, penso o quanto minha vó se esforçava para entender o funcionamento do vídeo-cassete e do celular.

Eu fui vítima

Falando em crime virtuais, fui vítima, do que posso chamar "Roubo na Internet".

Cursava o 6º semestre da faculdade... Certa noite, meu celular toca. Era um colega dizendo: "Seu nome e o de fulano de tal tá rolando na net. Cuidado!" Quem conseguiria dormir naquela noite? Eu, não!

Procurei saber (àquelas horas) o que havia acontecido.

Para minha surpresa, a senha do meu msn havia sido alterada (ou popularmente falando, roubada). Se isso fosse tudo...

No dia seguinte, ao chegar na faculdade, noto que todos me olham diferente. Além de roubar minha senha, o cracker (até então chamado de hacker) encontrou no e-mail, conversas que tive com um professor (conversas tidas por e-mail e salvas por mim). Vendo essa "sopa no mel", copiou todos os e-mails gravados na caixa de texto, alterou com pornografias e, simplesmente, enviou para TODOS os meus contatos. E digo TODOS no sentido real da palavra.

Além do e-mail citado, tive todos os outros perdidos por roubo de senha.

Daqueles dias em diante, não tive mais acesso (já que ele alterou a senha), não fiz mais msn e mantenho o máximo de privacidade possível.

Daí o motivo pelo qual assino meus post sem meu sobrenome.

Mas a inteligência das mulheres é tão fantástica que, em pouquíssimo tempo, descobri quem fez... Mas aí já é sigilo absoluto!

O caso é sério... E a história não acaba por aí... Ela é longa demais para ser publicada num blog.

Crimes virtuais - várias formas


Essa semana recebi no meu email uma notícia que teria sido publicada no Terra Magazine, com a chamada "Blog publica notícia falsa, e ações da Apple caem US$ 4 bi". Tentei achar a notícia no Terra, mas nada aparece. No entanto, ela está espalhada em diversos outros sites e blogs, como tendo realmente acontecido. Segue um trecho:

Um blog com alta credibilidade. Uma informação falsa sobre um dos produtos mais esperados do ano. Um intervalo de seis minutos. Foi o que bastou para provocar uma queda de nada menos que US$ 4 bilhões nas ações da Apple, a fabricante dos Ipods, dos computadores Macintosh e dos ainda não lançados Iphones.

Os US$ 4 bilhões que "evaporaram" em apenas seis minutos equivalem, por exemplo, ao preço de mercado do Pão de Açúcar, uma das principais redes de supermercados do Brasil. As ações se recuperaram em pouco tempo, mas o estrago deixou milhares de investidores no prejuízo - e outros milhares, que compraram os papéis no momento da baixa, rindo à toa com o ganho fácil e inesperado. (Leia na íntegra!)

Nesta matéria, a divulgação de uma informação falsa é considerada CRIME VIRTUAL. O tema foi recorrente nas aulas desta semana, quando discutimos sobre como a legislação brasileira tem tratado o assunto. Falamos sobre denúncias de crimes no Orkut e Seconde Life, como a prática da pedofilia, por exemplo. Também falamos da insegurança da rede ao realizarmos transações bancárias e, por fim, André Lemos explicou a diferença entre a ação dos crackers e hackers.

De acordo com o site http://sisnema.com.br/, hackers e crackers são experts em computadores, pessoas que possuem habilidades extraordinárias em lidar com sistemas e programações, e que dedicam muito tempo de suas vidas a fim de estudar tais conteúdos. O que os difere é o uso que fazem destes conhecimentos.
A palavra hacker, em sua tradução literal significa cortador. Hackear é esmiuçar, o que não pressupõe condição para piratear, vandalizar ou vender serviços criminosos. Os hackers são considerados também os principais responsáveis pelo desenvolvimento da internet e dos softwares livres (o Linux é uma criação hacker). Já o cracker, de acordo com o significado originalmente cunhado ao termo, designa sim, elementos mal intencionados, que estudam e decodificam programas e linguagens a fim de causar danos a computadores alheios. A intenção é invadir e sabotar sistemas, quase sempre objetivando a captação de dados passíveis de render cifras.

Ainda no site do Terra, hoje, uma nova forma de "crime" está sendo divulgada - o linchamento virtual na China.

Confira: "Linchamento virtual" é moda polêmica na China.
Opine: O que você acha do ''linchamento virtual''?

Thursday, May 24, 2007

Como Surgiu e Pra Que Serve o RSS?

Com a expansão do jornalismo on-line, tornou-se necessário as constantes atualizações das notícias com foco no usuário. Sendo assim, no início do ano de 1999 começou a formação de Feeds (fontes) em formatos RSS, a priori, para serem utilizados em blogs. A empresa idealizadora do projeto foi a americana Netscape, que criou o RSS para ser utilizado no portal “My Netscape Network”, porém abandonou o projeto de criação por não achá-lo viável. Outra empresa, a Userland, decidiu dar seqüência na elaboração do ícone. A primeira empresa trabalhou com a versão 0.90 e 0.91. Já a segunda continuou até a versão 2.0. Na verdade, existem outros grupos trabalhando com RSS. É por isso que existem tantos nomes para essa tecnologia, tais como RDF, Atom. Ambos também utilizam o padrão XML.
O ícone RSS, que significa Really Simple Syndication (na versão 2.0 – existem outras versões com denominações diferentes, porém com a mesma sigla), é usado para compartilhamento de conteúdo na Web. Seu formato mundialmente padronizado funciona com linguagem XML (Extensible Markup Language). Sua principal função é permitir que o administrador de um site crie um arquivo XML com as últimas manchetes publicadas, a fim de compartilhá-las rapidamente com seus leitores. Assim, este arquivo selecionado poderá ser lido através de qualquer ferramenta que seja capaz de entender este mesmo formato. Para isso, é preciso que os usuários se inscrevam nos sites que fornecem esta tecnologia, consequentemente, os leitores poderão se atualizar, sem nem precisar visitá-los. O interessado em obter as notícias, deve incluir o link do feed do site em questão em um programa leitor de RSS (também chamado de agregador). Esse software tem a função de ler o conteúdo dos RSS que indexa e listá-las em sua interface. Por exemplo: Um usuário assíduo de determinados sites que, por algum motivo não possa visitá-los constantemente para obter informações, com a utilização do RSS, ele receberá do site os links das notícias atualizadas. Assim você pode ter atualizações de diversos temas de notícias, esporte, política, economia etc., em um só canal.

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Flávio Freitas

Eu, robô

Na aula do dia 22 de maio, falamos das três fases da história da informática, definidas por Philippe Breton : a primeira, de 1940 à 1960, onde a informática estava diretamente ligada à cibernética; a segunda, de 1960 à 1970, com os grandes sistemas centralizados e vinculados à projetos militares; e a terceira, de 1970 até hoje, caracterizada pela micro-informática e pelas redes de telecomunicação.

André Lemos acrescentou uma quarta fase ao processo, que estaria sendo vivida nos dias de hoje: o Ciberespaço. Nele, o computador não é um simples PC (personal computer), nem mas um CC (conecting computer). Vivemos a era do CCm, ou computadores conectados móveis, com tecnologia sem fio. É o tempo da inteligência coletiva e da colaboração.

Ao avançar nesse tema, André Lemos fez colocações muito interessantes se referindo a “inteligência” das máquinas. Citou um autor, que agora não lembro o nome, afirmando que enquanto as máquinas não tiverem consciência, elas não pensarão e, portanto, não podemos chamá-las de INTELIGENTES. O que chamamos de MEMÓRIA, no computador, não faz um registro do processo, apenas do produto final. Não passa de um estoque. O processo de construção não fica armazenado e nem pode ser ativado por sons ou cheiros.

Em meio a essas reflexões, abri o jornal A Tarde da quarta-feira e ví essa reportagem sobre o conceito de Inteligência Artificial. Nela, temos alguns dos avanços em pesquisas na área. Boa leitura!

INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL AVANÇA EM PRODUTOS COMUNS

Não é só em filme que você já entrou em contato com a inteligência artificial (IA). Se em séries como Matrix e O Exterminador do Futuro as máquinas têm consciência própria, tomam decisões e até se rebelam contra o homem, no dia-a-dia os frutos das pesquisas em torno da IA são mais simples e amistosos.
Os conceitos desse campo de pesquisa estão, por exemplo, nos buscadores e aplicações na internet que usam os hábitos dos usuários para personalizar e aperfeiçoar os resultados (vide Google e Last.fm). Ou seja, aprendem e se adaptam.

NOVA GERAÇÃO – Mas a nova geração da internet, a web 3.0 ou web semântica, é ainda mais inteligente.Nela, linguagens padronizadas traduzem o contexto das páginas da rede para os softwares.Assim, uma aplicação educacional seria capaz de, sozinha, reconhecer em sites diferentes e outros depósitos de informação onde estão dados como a população do Brasil, o PIB e a porcentagem de pessoas alfabetizadas. O software poderia cruzar as informações para apontar o PIB médio dos analfabetos do País.Porém, hoje existem mudanças mais visíveis oriundas das pesquisas em IA – e no cotidiano de pessoas comuns. Por exemplo: o sistema de reconhecimento de fala usado por celulares e os videogames com inimigos cada vez mais esper tos.
Os carros modernos também são agraciados com toques de inteligência artificial; sistemas que se adaptam ao jeito de dirigir do motorista ou que controlam a mistura de combustível são frutos de pesquisas nessa área.
Mas os veículos podem ser ainda mais inteligentes: um desafio chamado Grand Challenge vai premiar carros dirigidos apenas pelo computador de bordo. Eles devem atravessar um percurso urbano de 96 km seguindo as leis de trânsito da Califórnia (EUA) em novembro deste ano. O evento é organizado pela Darpa, uma agência do governo norte-americano de pesquisas militares e berço da internet.
Os robôs, tão presentes no imaginário, não estão esquecidos por pesquisas reais. Na semana passada, a New Scientist divulgou que um deles cruzou a barreira simbólica e real do auto-reconhecimento.
Nico, desenvolvido na Universidade Yale (EUA), percebeu, em um espelho, seu próprio braço se movendo. O objetivo é desenvolver uma máquina que aprenda socialmente, não apenas de forma programada.
Também na semana passada, pela primeira vez, mais máquinas reais do que ficcionais entraram no Hall da Fama dos Robôs, organizado pela Universidade Carnegie Mellon, dos EUA. Uma mostra de que o real, nessa área, começa a se equiparar com a ficção.
No Brasil, muitas das pesquisas em IA poderão ser vistas no começo de julho, quando acontece o sexto Encontro Nacional de Inteligência Artificial (Enia), promovido pela Sociedade Brasileira de Computação, no Rio de Janeiro.

CONCEITO GANHA O COTIDIANO - Os jogadores de videogame conhecem bem o significado do termo inteligência artificial: inimigos mais espertos e surpreendentes ou personagens que respondem às condições criadas pelos jogadores, como é o caso de The Sims – um dos maiores sucessos da história dos videogames.
Mas a inteligência artificial não se limita à área de entretenimento. Sistemas de reconhecimento de voz, cuja presença começa a se popularizar em carros e em celulares, por exemplo, são desenvolvidos utilizando-se métodos desse campo de estudos.
Alguns modelos de carros modernos ainda são agraciados com câmbios que se adaptam ao estilo de dirigir do motorista.
Outros conseguem otimizar o consumo do combustível, também considerando quem dirige.

O blog de Tim Berners-Lee e a neutralidade na Internet

A Internet nos oferece prazeres incríveis, vez ou outra. De repente, de página em página, encontro um link para o blog de ninguém menos que Tim Berners-Lee, o cara que inventou a Internet. Não resisti em conferir um pouco de suas idéias, saber o que faz a cabeça desse homem que marcou para sempre a história da humanidade.

O blog está desatualizado, o último post é de novembro do ano passado. Vá ver que ele até deixou o blog pra lá. Escolhi um post que falava sobre a neutralidade na Internet. Tim fala que, na época em que ele inventou a Internet, não pediu permissão a ninguém para isso. Agora, milhões de pessoas a utilizam livremente. Ele lamenta que isso esteja chegando ao fim nos Estados Unidos e defende que, ao contrário do que acontece na China, que a censura na Internet é levada a cabo em função de questões de cunho político, nos Estados Unidos o controle é feito em conseqüência de fatores econômicos. Vejam a seguir uma parte do texto que eu achei muito interessante e gostaria que todos vocês vissem, caso não tenham tempo de visitar diretamente o blog do Tim.

“Control of information is hugely powerful. In the US, the threat is that companies control what I can access for commercial reasons. (In China, control is by the government for political reasons.) There is a very strong short-term incentive for a company to grab control of TV distribution over the Internet even though it is against the long-term interests of the industry.
Yes, regulation to keep the Internet open is regulation. And mostly, the Internet thrives on lack of regulation. But some basic values have to be preserved. For example, the market system depends on the rule that you can't photocopy money. Democracy depends on freedom of speech. Freedom of connection, with any application, to any party, is the fundamental social basis of the Internet, and, now, the society based on it.”


No final do post, Tim comenta sobre sua esperança de que o Congresso norte-americano possa proteger a neutralidade na Internet e que assim ele possa continuar inovando no espaço virtual. A humanidade agradece.

Gates e Jobs juntos

"Na primavera de 1970, um pequeno grupo de cientistas da computação que tinham bandonado a universidade, envolvidos no movimento de protesto contra a guerra na Universidade da Califórnia, se uniram em meio à crise do Cambodja para discutir a política da informação" (ROSZAK, Theodore. O Culto da Informação. Pág. 209. 1985). "Steve Jobs, diretor-executivo da Apple, e Bill Gates, co-fundador da Microsoft, realizarão um encontro histórico na próxima quarta-feira (30), na conferência D: All Things Digital, realizada pelo The Wall Street Journal. É a primeira vez que as duas figuras emblemáticas no desenvolvimento dos computadores pessoais se encontrarão publicamente para uma discussão a respeito da indústria tecnológica. " (G1, 24/05/2007).
Dois momentos distintos com os mesmos protagonistas. Quando Stephen Wozniak, Steve Jobs, Bill Gates e outros tipos nerds se reuniam para bolar estratégias de dar alternativas ao povo fora aquelas das grandes corporações - principalmente IBM -, nem imaginavam o sucesso que a microinformática iria alcançar e a fortuna que iriam acumular. Naquela época, o ideal era fazer com que qualquer cidadão pudesse ter acesso a um processador de dados de tamanho econômico. Um ideal que Roszack classifica como rebelião política, ficção científica, sobrevivência do tipo "faça você mesmo". O discurso era engajado na ideologia de contracultura. Tiveram participação importante na inclusão digital espontânea, com o fenômeno do "computador para todos", que logo foi seguido pela ampliação da conexão (décadas de 80 e 90) e o estímulo da produção de conteúdo (2000).
Hoje, segundo a revista "Forbes", Bill Gates é o homem mais rico do mundo, com um patrimônio de US$ 56 bilhões. Já Steve Jobs é o número 132 da lista, com US$ 5,7 bilhões.
A conferência tratará da história e do futuro da revolução digital. No passado, eles quebraram o paradigma e de fato promoveram uma revolução na área a tecnologia da informação. E fizeram muita coisa dentro de suas garagens. Resta saber o que essas duas figuras - hoje importantes e com o poder nas mãos - podem propor para os próximos dias.

Lembranças sobre o ciberterrorismo

O vídeo exibido na última aula de André Lemos, dia 23/05, me fez pensar em algo que ouvi pela primeira vez há sete anos, na Faculdade de Comunicação da UFBA, numa aula do mesmo professor: ciberterrorismo. Dos campos de batalha utilizados como cenários do terror na 1ª e 2ª Guerras Mundiais, os palcos passam para imagens menos dramáticas e, nem por isso, com capacidade de danificação menor. Nas salas climatizadas artificialmente de centros terroristas ou de agências de governo, desenrolam-se não apenas as estratégias dos combates e sim a própria luta entre frentes rivais. A passagem entre filosofias distintas de batalha implica na mudança dos artefatos tecnológicos, mas também caracteriza uma nova configuração no conceito de guerra. A mudança de enfoque e modalidades de ataques é condicionada por uma necessidade de adaptar os comandos de extermínio aos novos suportes. Mais que isso, o próprio conceito de guerra pressupõe inovações armamentistas e suas conseqüências.
Orçamentos ilimitados à disposição dos generais resultam em pesquisas e invenções a serviço da defesa de nações. No início de 2001, o mundo ficou sabendo que ainda na época do nazismo, a estratégia baseada no cálculo de ganho foi amparada em informações obtidas pelos cartões perfurados da IBM, anteriores à micro-informática, mas tecnologia de ponta naquele tempo.
Navegando pelo ciberespaço, há o interesse dos governos em poder conseguir informações e atacar sem que o inimigo saiba de onde está vindo a intromissão. Quando a guerra descobre o ciberespaço, as trincheiras não podem mais ser delimitadas. Exércitos mantêm grupos especializados em tecnologia e informática para usa-lo como uma arma a mais para destruir o inimigo, sem mostrar a cara. Ou mesmo utilizando as redes telemáticas para colocar em prática o ciberterrosimo.
Um ato terrorista pode ser classificado quando alguém ou alguns, identificando um grupo, procura chamar a atenção do mundo para a causa defendida radicalmente, geralmente com atentados em lugares públicos e que acabam machucando ou matando civis. Com as novas tecnologias, as motivações continuam as mesmas, mas as armas mudaram.
O ciberterrorista pode atacar de qualquer lugar e a qualquer hora, sempre com elemento surpresa. Para um ciberterrorista ser bem sucedido em sua missão, como qualquer terrorista, basta que o prejuízo causado na área desejada seja o bastante para chamar a atenção ou represente conquista de informações importantes. Mas o ciberespaço amplia essa atuação a um limite praticamente zero.
A preocupação dos EUA com relação a esse assunto é tão grande que, no ano 2000, o Pentágono deu ao Comando Espacial, sucessor do Comando Aéreo Estratégico, a incumbência de planejar operações cibernéticas ofensivas e defensivas, missão que inclui, obviamente, a proteção contra incursões de grupos terroristas.
Quando se fala em quebra de sistema e invasão, pode-se pensar em hackers e crackers. A diferença entre eles e o ciberterrorista é tênue, mas perceptível. Enquanto o hacker invade para provar que o sistema é falho, inseguro, ou pichar palavras de ordem sem comprometimento maior de ninguém, o cracker invade em benefício próprio, geralmente para roubar. O ciberterrorista não trabalha para apenas divulgar palavras de ordem ou quebrar um sistema para fazer ligações telefônicas de graça. Ele tem uma ideologia radical e usa as novas tecnologias para disseminar ataques diferentes, mas com potenciais destrutivos e midiáticos semelhantes aos tradicionais ataques terroristas.

O internauta brasileiro é o que mais passa tempo na rede

Na última aula, dia 23/05/, André Lemos fez um rápido questionamento sobre os motivos que levaram os brasileiros a serem os que mais conectam a rede. Isso pode ser comprovado no site de relacionamentos, orkut, a ferramenta surgiu em 2004, nos Estados Unidos, e em pouco tempo, foi tomando conta da vida dos brasileiros. O Brasil superou os americanos em número de usuários; segundo a matriz americana do Google, dos mais de 17 milhões de usuários do orkut, 75% são brasileiros. Por isso, apesar de o site ter participantes em mais de 200 países, sua primeira tradução, lançada em abril de 2005, foi para o português.
Não há uma explicação exata para definir o porque dos internautas brasileiros serem os que mais conectam a rede. A justificativa mais lógica para isso é devido à festividade, alegria, simpatia, a cultura amigável, receptiva e comunicativa dos brasileiros. Afinal, somos famosos pela animação, pelas praias nordestinas, pelo futebol, pelas manifestações populares, como exemplos: festas juninas, carnaval.

Repassando

Li no G1

Uma parceria entre duas grandes empresas permitirá que os donos de blogs coloquem novos posts nesses diários virtuais através de ligações telefônicas. Isso porque a companhia ApinVox (que transforma fala em texto) se juntou à Six Apart, dona dos blogs LiveJournal, para oferecer essa alternativa aos 12 milhões de usuários desse serviço on-line.

Com o anúncio do lançamento da novidade, os sites da Six Apart e do serviço LiveJournal saíram do ar nesta quinta-feira (24).

“A fala é a maneira mais fácil e natural de divulgar ótimas idéias, pensamentos ou momentos. Compartilhar essas informações também é algo natural, do impulso humano. Ao fazer a conexão entre essas duas tendências de forma simples e direta, permitimos que as pessoas dividam suas experiências da maneira mais natural”, afirmou Christina Domecq, diretor-executivo da SpinVox.

De acordo com as empresas, os usuários têm de ligar para um número específico e ditar em uma espécie de secretária eletrônica o post que deve ser colocado no ar. O serviço é gratuito, mas a ligação é paga e deve ser feita para telefones da Inglaterra, França, Espanha ou Alemanha). Por enquanto, o serviço só está disponível nas quatro línguas faladas nesses países.

O problema da Inclusão Digital




A Inclusão Digital é um tema que está em pauta em diversos ambientes: jornais, Academia, Televisão, Internet....só para citar alguns. E é inevitável não se deparar com números assustadores sobre o Mapa da Inclusão Digital no Brasil. Não resta dúvidas que as Novas Tecnologias da Informação e Comunicação, as famosas TIC's, redesenharam a sociedade em vários aspectos: econômico, político, cultural, educacional e ambiental. No entanto, como foi debatido ontem na aula, não basta somente pólíticas públicas do governo para que computadores sejam colocados em qualquer lugar sem o conhecimento de causa e efeito. O Governo Federal se vangloria e enaltece seus projetos de tentar amenizar o processo de exclusão, ok. Mas, por outro lado, trocando em miúdos, esquece de oferecer suporte pedagógico para o uso adequado, Ddestinado tanto professores quantos alunos. Isso falando em âmbito educacional.


Acredito que a questão da exclusão digital remete a um outro fator ainda mais complexo e problematiza ainda mais: o econômico. Ainda é ínfima a população que dispõe de computador em casa. Há pessoas que nem telefone fixo possuem. Com baixa renda, é difícil o indivíduo adentrar na era digital. A saída, acredito nisso, é a educação. Ela deveria ser continuada e aliada à ações governamentais, com a sociedade e ter parcerias com as três esfreas do governo federal, municpal e estadual, Ongs, iniciativas privadas, Universidades e Escolas.

Tlavez estas questões não resolvam de vez a problemática, que é histórica. Seria interessante que a inclusão digital fosse blocada nos conteúdos pedagógicos, mas talvez teria que ser feito uma reformulação na grade curricular, o que demoraria ainda mais. Contudo, acredito que o Brasil tenha condições avançar neste segmento. Será preciso urgência para pulverizar e colocar em prática, acima de tudo, tais ações.

E isso é só o começo.


Distribuição de tecnologias digitais no Brasil

Foi divulgado ontem, pela BBC, um relatório que trata exatamente sobre inclusão digital, um assunto que rendeu uma longa e rica discussão na aula de ontem, 23 de maio. O relatório, divulgado em Genebra e preparado pela Association for Progressive Communication e pelo Instituto do Terceiro Mundo, constatou que a estrutura de tecnologia da informação e da comunicação (TIC) do Brasil é boa, mas mal distribuída.

O relatório verificou, na verdade, o abismo digital existente no país, abismo esse que também se verifica no âmbito social, por exemplo. Segundo a pesquisa, essa desigualdade no acesso aos meios digitais é comum em países em desenvolvimento. Dos 22 países analisados, apenas a Espanha tem uma distribuição equilibrada da tecnologia.

Segundo a ONG Rede de Informações para o Terceiro Setor (Rits), responsável pelo capítulo referente ao Brasil no relatório, a privatização do sistema Telebrás alavancou a modernização do setor no país. Também foi constatado que, no governo de Fernando Henrique Cardoso, houve um investimento em projetos de inclusão digital, que, no entanto, não resultou numa melhor distribuição dos meios digitais entre os cidadãos.

O relatório parece não privilegiar aspectos referentes ao nível cognitivo da inclusão digital. O que parece importar é a quantidade de computadores com acesso à rede instalados pelo governo em escolas, por exemplo, e não como essa tecnologia é utilizada pelos estudantes, ou se os professores são treinados para educar com a ajuda de ferramentas como a Internet. Mais uma vez, é priorizado o caráter tecnocrático do processo, em detrimento ao cognitivo, fundamental à comunicação e, por conseqüência, à educação.

O Show da vida


Muito interessante a discussão da aula da última terça-feira na Especialização. Dentre vários assuntos abordados, debatidos e pensados, um me inspirou a postar no blog: A questão da eterna vigilância em que vivemos, seja em prédios, banheiros, consultórios, supermecados, há sempre um "olho" seguindo nossos passos. A vigilância, descrita no livro magistral de George Orwel, 1984, também debatido na aula, lógico, invadiu a sétima arte,muito antes da febre dos realitys shows, vale ressaltar aqui.

O filme de 1998 "THE TRUMAN SHOW" (O Show do Truman, o show da Vida) de Peter Weir, aborda justamente esta questão da vigilância. Na trama, Truman, interpretado por Jim Carrey, tem sua vida monitorada por câmeras 24 horas por dia e transmitidos para todo o mundo. O curioso é foi criado uma cidade fictíca, personagens falsos, idéias falsas. Tudo é fictício, menos a inteligência de Truman que descobre toda a armação.



Pois bem,não é um filme para sentar na poltrona, comer pipoca e ir embora. É um filme para refletir sobre a vigilância excessiva, o fenômeno da mídia, o culto às celebridades, a publicidade por trás de tudo e sobre como a sociedade está se comportando diante deste fenômeno.
Por estas razões, tira-o da lista de entretenimento e o coloca na lista de filmes Cult. Um filme magistral, que redefiniu o cinema nos anos 90.

O final do filme, mostra que todos nós somos descartáveis, matáfora de uma sociedade imdetiatista, que anseia tudo pronto e rápido. Tudo numa linguagem cheia de metáforas.
Nas palavras de Chrisford, o diretor: "a vida real não é menos assustadora que a vida que você tem aqui dentro. São as mesmas mentiras, as mesmas decepções. Só que aqui, eu garanto que tudo dará certo”. Daí pensemos: Se nossa vida fosse mesmo uma mentira, seríamos então todos cópias falsas de nós mesmos?
Enfim, é um convite a uma reflexão sobre várias temáticas que vivenciamos atualmente. Não podemos perder de vista.

Wednesday, May 23, 2007

Como entender e como explicar

Meu pai tem máquina de escrever, vitrola e discos de vinil e utiliza diariamente estas ferramentas para escrever poesias e ouvir músicas do Trio Iraquitan. Lembrando comentários feitos por André em sala de aula, lembrei de meu pai que os 70 anos de idade tenta entender este fascínio todo em torno desta tal INTERNET. Lúcido e bem curioso tenta compreender como pode uma mesma informação circular ao mesmo tempo no mundo; de onde veio esta foto, para onde ela vai e como chega ao “outro lado”? Como posso enxergar esta pessoa que está agora nos Estados Unidos através deste vídeo (webcan)? Como posso conversar com uma pessoa que nunca tinha visto antes e ser correspondido (salas de bate papo)? Quanta informação junta é esta!!!

Um passado tão próximo e ao mesmo tempo tão distante.

E aí como explicar? Lembrei do exemplo do controle remoto dado por André em sala de aula e tentei clarear as dúvidas do meu pai: “Você sabe que isto acontece (a exemplo do controle remoto), mas não sabe exatamente como”.

Acho que não fui convincente...

Tecnologia X Diversidade Cultural

Engana-se quem pensa que a tecnologia é apenas uma corrida desenfreada por inovações, motivada por razões econômicas e culturais. Invertendo os termos da frase acima surge a maneira mais correta de enxergar o fenômeno. A corrida por inovações tecnológicas constitui o mais importante fenômeno cultural do nosso tempo, na medida em que interfere radicalmente na vida das pessoas e em suas visões de mundo. Observe a relação das diferentes culturas (oriental e ocidental) no uso dos emotions.
Segundo especialistas das universidades de Hokkaido (Japão) e de Alberta (Canadá), americanos e japoneses expressam alegria e tristeza usando emoticons diferentes.
As animações usadas pelos dois povos mostram que ainda existe uma grande diferença entre Oriente e Ocidente.
O site LiveScience informou que enquanto os japoneses tendem a observar os olhos de uma pessoa quando estão conversando, os americanos costumam olhar mais para a boca.
A pesquisa feita pelo psicólogo Masaki Yuki com estudantes japoneses e americanos analisou os emoticons usados por eles para transmitir o grau de felicidade ou tristeza que sentiam.
O resultado mostrou que os emoticons japoneses expressam os sentimentos de seus autores por meio dos olhos enquanto os norte-americanos modificam a posição da boca dos seus emoticons para mostrar o que sentem.
Yuki disse que a idéia da pesquisa surgiu quando começou a trocar mensagens com americanos via e-mail e ele não conseguia entender os emoticons de felicidade =) e tristeza =( .
Isso porque, no Japão, os emoticons que representam a felicidade (^_^) e a tristeza (;_;) possuem mais ênfase nos olhos.
As informações são do Notícias da Terra Burlesca.

Overmundo Premiado na Categoria Comunidades Digitais

O Overmundo ganhou o Golden Nica (troféu principal) na categoria Comunidades Digitais do Prix Ars Electronica 2007. O Overmundo é uma ferramenta usada para divulgar, diponibilizar e debater a imensa variedade da produção cultural do Brasil e de comunidades brasileiras espalhadas pelo planeta.
Para quem não conhece: o Ars Electronica é muito provavelmente o prêmio mais importante do mundo para artistas de novas mídias e visionários da internet. A cada ano, são concedidos apenas seis Golden Nicas, para as seguintes categorias: Animação por Computador/Efeitos Visuais, Arte Interativa, Músicas Digitais, Comunidades Digitais, Net Vision e Freestyle Computing. Os prêmios serão entregues numa cerimônia realizada na Áustria, em setembro, na época do Festival Ars Electronica, que também é referência mundial para quem trabalha na vanguarda da relação entre arte e alta tecnologia.
Várias pessoas e projetos já ganharam o Golden Nica. Entre eles: Linus Torvalds (Linux), Neal Stephenson, Chris Cunnigham/Aphex Twin, Industrial Light and Magic, Ryuichi Sakamoto, Toy Story, Carsten Nicolai, Creative Commons etc. etc. O Prix Ars Eletronica existe desde 1987, mas o prêmio para Comunidades Digitais é bem mais recente: está na sua quarta edição. Na estréia dessa categoria, em 2004, a Wikipedia recebeu o Golden Nica.

Sobre o PAN, o tempo real e a censura


A proibição para que os esportistas participantes do PAN do Rio de Janeiro não alimentem sites ou blogs durante a competição fala muito sobre questões como tempo real e legitimidade para emissão da informação. Não é simplesmente uma recomendação, mas uma ordem expressa do Comitê Olímpico Brasileiro, alegando cumprir determinação do Comitê Olímpico Internacional. Há caso de atletas que recusaram contratos para hospedar blogs em portais de grandes redes de comunicação por causa desse veto a livre manifestação do pensamento no ciberespaço.

A forma de audiência dos aficcionados pelo esporte passou por etapas que mostram justamente a reconfiguração do espaço e do tempo na sociedade de informação. O delay para a audiência de uma Copa do Mundo já chegou a ser de dias. A vitória dos canarinhos poderia ser publicada por telegrama na edição do jornal do dia seguinte, mas o tape da partida, a emoção do gol, só eram vistos no cinema uma semana depois. Assim, era com os boletins dos pracinhas durante a II Guerra Mundial, ou as notícias da revolução de Getúlio Vargas. Hoje, qualquer segundo entre o fato e sua exibição na tela já é motivo de desespero. Numa transmissão de uma partida de futebol pela emissora de tv aberta ou pelo canal por assinatura, a diferença entre cabo e satélite pode provocar um ou dois segundos de atraso na visualização do lance. O vizinho de baixo já gritou gol, mas a bola ainda está para ser chutada no escanteio. As reclamações são inevitáveis.

Nas últimas competições de alcance mundial, como Olimpíadas e Copas do Mundo, blogs ou sites pessoais de atletas poderiam ter notícias de bastidores ou furos de reportagem que ainda não tinham sido digeridos pelos veículos de transmissão credenciados pelos eventos. Em seu site com quatro idiomas, Ronaldinho Gaúcho poderia mostrar uma foto da comemoração no ônibus da seleção que a câmera exclusiva do Fantástico só exibiria no domingo seguinte.

Talvez por esse tipo de perda de privilégios os atletas que vão participar do Panamericano 2007, no Rio de Janeiro, estão proibidos de dar notícias em seus sítios. O tempo é deles – e principalmente para os competidores de atletismo, natação, que dependem de milésimos de segundos. Mas os organizadores acham que o tempo real deve ser ditado por quem paga a conta – operadores de telefonia celular, corporações ligadas ao ramo da energia, bancos.

Se você também achar tudo isso um absurdo, pode enviar seu brado por este formulário.