A aula da última segunda-feira (21/05) foi aberta com discussões sobre as alterações das formas de mediação das informações provocadas pelo advento do jornalismo participativo que, como comentou André Lemos, gera uma espécie de embaralhamento da relação emissor/receptor e, consequentemente, uma nova forma de mediação.
É nesse contexto que surge o gatewatching (termo que fugiu à memória na aula) como evolução, ou talvez oposição, do gatekeeping (processo em que há seleção dos fatos a serem publicados de acordo com critérios de noticiabilidade). A título de compreensão, acredito poder dizer que o gatekeeping remete às três primeiras gerações do jornalismo online (transposição, metáfora e webjornalismo) enquanto o processo de gatewatching pode ser caracterizado pelos blogs e sites baseados no jornalismo participativo.
A atualização do conceito de gatekeeping para gatewatching é um dos tópicos apresentados por Alex Primo e Marcelo Träsel no artigo Webjornalismo participativo e a produção aberta de notícias, em que os autores comentam: “se o gatekeeping faz sentido na análise dos meios de comunicação de massa, no ciberespaço ele tem menor força explicativa... Devido à quantidade de informação circulando nas redes telemáticas, cria-se a necessidade de avaliá-la, mais do que descartá-la... Nota-se um deslocamento da coleta de informação para a seleção da mesma”.
Primo e Träsel observam ainda que o gatewatcher combinaria funções de bibliotecário e repórter. Do porteiro, passa-se ao vigia. “Isso ocorre porque, ao contrário da mídia de massa, sempre constrangida por limitações técnicas e comerciais dos canais em uso, o espaço na Web é virtualmente ilimitado”.
É nesse contexto que surge o gatewatching (termo que fugiu à memória na aula) como evolução, ou talvez oposição, do gatekeeping (processo em que há seleção dos fatos a serem publicados de acordo com critérios de noticiabilidade). A título de compreensão, acredito poder dizer que o gatekeeping remete às três primeiras gerações do jornalismo online (transposição, metáfora e webjornalismo) enquanto o processo de gatewatching pode ser caracterizado pelos blogs e sites baseados no jornalismo participativo.
A atualização do conceito de gatekeeping para gatewatching é um dos tópicos apresentados por Alex Primo e Marcelo Träsel no artigo Webjornalismo participativo e a produção aberta de notícias, em que os autores comentam: “se o gatekeeping faz sentido na análise dos meios de comunicação de massa, no ciberespaço ele tem menor força explicativa... Devido à quantidade de informação circulando nas redes telemáticas, cria-se a necessidade de avaliá-la, mais do que descartá-la... Nota-se um deslocamento da coleta de informação para a seleção da mesma”.
Primo e Träsel observam ainda que o gatewatcher combinaria funções de bibliotecário e repórter. Do porteiro, passa-se ao vigia. “Isso ocorre porque, ao contrário da mídia de massa, sempre constrangida por limitações técnicas e comerciais dos canais em uso, o espaço na Web é virtualmente ilimitado”.
2 comments:
Como conseguir acesso para participar das discussões sobre Webjornalismo (de uma maneira geral)?
Meu e-mail: ricardo.britto2006@gmail.com
Obrigado
Ricardo Britto
Pós-graduado em Mídia Educação, Marketing Empresarial e Jornalista
Gostaria de ter acesso ao texto: Webjornalismo participativo e a produção aberta de notícias. Acredito que seria muito importante para discussão. Outra: vocês usam o termo Gatekeeping como uma forma de avaliar a noticiabilidade, mas o correto não seria o Newsmaking? O Gatekeeping é um processo que deixa um espaço grande a subjetividade e que, portanto, é muito criticado.
Obrigado,
Ricardo Britto
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