Thursday, May 31, 2007

De Karl Marx a Cibercomunismo

O papo agora é Cibercomunismo...

Por comunismo entendemos que seja um sistema econômico em que os trabalhadores passam a ter controle de toda a produção, ou seja, os meios de produção passam a ser de toda a população e não mais de uma parcela que detém o capital. Sendo assim, Karl Marx e Engels, em O Capital (1893), propõem um modelo de sociedade; como o fim das classes sociais e a ausência do Estado.

Agora você deve está se perguntando o que isso tem a ver com o Cibercomunismo, não é? A partir de dois exemplos tentarei levá-los a relacionar o Cibercomunismo e a ideologia de Marx.

O grupo de tecnobrega, Calypso, prefere ter sua gravadora e produtora própria e assim ter controle único da produção e venda de seus cd's do que deixar isso por conta de uma grande empresa. Com isso, o grupo chega nos camelôs e distribui os cd's (que já se encontra no vol. 10), assim, o mesmo ganha público, evita em parte a pirataria e lucra muito mais (não com a venda dos cd's mas com cachês em shows, programas, publicidade, etc.).

Outro exemplo são as comunidades virtuais. Longe dos olhares que os possam condenar, muitas pessoas fazem uso dessas comunidades parar se manifestarem, debaterem sobre ideais, troca de informações e softwares, "se auto-organizam espontaneamente sem dar muita bola para a propriedade privada dos bits que resultam de seu trabalho", afirma Helio Gurovitz em Cibercomunismo (matéria da revista EXAME em 20 de março de 2003).

E então, entendeu a relação?

O lance é simples, o cibercomunismo é fazer uso do ciberespaço banindo o que há fora desse meio virtual, construindo seu próprio Estado, e disponibilizando para outros usuários softwares, músicas, jogos, entre outros, sem necessário o aval de empresas.

Isso gera uma guerra entre os grandes empresários e os cibercomunistas, pois estes tiram a circulação monetária e "colaboram com sucesso em projetos de larga escala seguindo diferentes motivações e sinais sociais, em vez de preços de mercado ou comandos dos gestores das empresas", concluiu Yochai Benkler, professor da Escola de Direito da Universidade de Nova York (extraído da mesma matéria publica pela revista EXAME).

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