A praça de alimentação do Shopping Barra, com seus sanduíches em combos de refrigerante e batata frita e os downloads condimentados por conexão de boa velocidade, virou espaço híbrido de entretenimento, gastronomia e acesso à informação. Na promessa de um rango desplugado, um almoço wireless, os usuários de internet com possibilidade de uso de laptops fazem mais do que uma boquinha nas mesas antes dedicadas à degustação de comida chinesa, esfirras ou sorvetes. Eles trocam emails, participam de fóruns, aproveitam para visitar o site do filme que vão assistir daqui a pouco ou atualizam o antivírus do notebook. A utilização daquele espaço no primeiro piso do shopping foi reconfigurada, de acordo com o oferecimento de um serviço a cada dia mais popularizado. Dessa forma, uma praça abandonada em um centro urbano pode virar pólo de encontro de micreiros.
A socialização da conexão em banda larga se tornou um projeto ambicioso na Espanha, chamado Movimento FON. No ano passado, o Movimento Fon recebeu o Prêmio Mundial de Tecnologia por causa da iniciativa, considerada de “baixo custo e viral”, de expansão da internet sem fio. De forma simplificada, representa a criação de uma comunidade WiFi, onde cada membro compartilha sua conexão de internet banda larga e, com isso, também ganha o direito de acessar a conexão de outros usuários. Todos os chamados foneros usam um roteador wireless de 54Mbps vendido por cerca de 40 euros. Há a opção de oferecer a conexão gratuita para todos os outros foneros (e com isso também poder acessar as redes WiFi sem pagar nada) ou receber comissão toda vez que um usuário conectar através do seu hotspot.
Iniciativas desse tipo foram saudadas, à época, como o passo decisivo para tornar cidades inteiras conectáveis, sem a necessidade de grandes investimentos. A outra expectativa é sobre a consolidação de um padrão WiMAX, uma evolução das redes WiFi. Entre outros benefícios, o alcance é muito maior, pode ser medido em quilômetros, enquanto as redes WiFi ficam limitadas a
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