O homem precisava manter-se aquecido, então inventou o fogo. Para se comunicar, inventou o ruído. Se locomover, e inventou a roda. O homem tinha dificuldades para ver no escuro, surgiu, então, a lâmpada. Queria água gelada e surgiu a geladeira. Relaxar, veio a cerveja. O abridor de latas, a tv, o ferro de passar, o rádio, o telefone, a caixa de correios, o cartão de crédito, as lentes de contato, os anti-depressivos... e depois surgiu a tecnologia que de alguma forma domina não só os esses produtos citados acima, mas até o próprio homem.
Na sua palestra, na terça-feira, dia 08, Messias Guimarães Bandeira, falou sobre a tecnologia pensada como um dispositivo que facilita a vida do ser humano. A verdade é que não conseguimos dar um passo sem a tal tecnologia e tudo de “precioso” que ela oferece. Mas andamos todos juntos na mesma direção?
Acredito que só quem está de fora de toda essa história de wikis, blogs, cibercultura, comunicação open source, imity, second life (...) percebe o quanto essa estrada é estreita. Poucos caminham por ela.
Aí uma coisa me chamou a atenção. Facilitar a vida do ser humano?
Chega até ser engraçado, mas o termo “ser humano” também começa a ser relativo. Sabe como é?
- O céu é azul?
- Bem, isso é relativo.
Quem são os seres humanos para você?
Facilitar ainda mais a minha vida? Só falta eu dizer “quero passar o Dia das Mães com a minha mãe” e uma máquina me tele-transportar para Barreiras. Nem o pó de pirlimpimpim da Emília e da turminha do Sítio do Picapau Amarelo seria tão eficaz.
Quanto mais me oferecerem, mais eu vou querer.
Tecnologia.
Quero ver facilitar a vida de quem não tem água para beber. Quero ver toda a tecnologia em um sistema de irrigação no sertão. O resto é supérfluo...
Ei, você aí... dá pra viver sem o second life?
Vai lá tecnologia... facilita a vida do seres humanos, porque nós, somos plural. E quem está atrás de um computador, assim como eu, acaba sendo quem menos precisa.
Sunday, May 13, 2007
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