Lembro-me com bastante saudade das férias na terra natal da minha família, Pé de Serra. Lá sim, podia-se relaxar, sem nenhum estresse. Pra começar celular nenhum funcionava lá! Internet? O que é isso? Perguntavam os moradores da pequena cidade. Era um isolamento total, não tinha mãe, esposa, namorada, chefe ou alguém do gênero para ficar te enchendo o saco. Mas de uma hora pra outra, BUM! Como tudo que é bom não dura para sempre, o paraíso parece que acabou, isso para aqueles que usam o interior como um lugar de refúgio para o descanso e algumas coisas mais. Pra começar, as operadoras de celular arrumaram um jeitinho de fazer com que os aparelhos de telefone móvel recebam o sinal, assim basta alguns dígitos e qualquer um (ou uma) vai saber onde você está e o que está fazendo, e se não atender, pior ainda. Consequentemente chegou o computador. Não contente, trouxe como acompanhante a internet. Agora o gostinho de isolamento foi por água abaixo. É isso que a tecnologia faz conosco? Por outro lado, será que não estou sendo bastante egoísta com os conterrâneos do meu pai? Eles estão obrigados a viver para sempre no isolamento? Afinal, a interação entre os povos não é um dos papéis da tecnologia,? Ou com o avanço tecnológico, estamos condenados a viver num total big brother? São perguntas que ficam martelando a cabeça de muita gente. Pois é alegria de uns, tristeza para outros. Esse é apenas um retrato de como o avanço tecnológico funciona como uma faca de dois gumes.
Flávio Freitas
Tuesday, May 15, 2007
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