Monday, May 28, 2007

O Google como extensão do meu cérebro?

Larry Page, 34, e Sergey Brin, 33 - a dupla de fundadores do Google



Tenho um amigo que todo dia coloca nicks comédia no msn dele. O de hoje é: "O Google é o meu pastor. E nada me faltará". Conversei uns dois minutinhos com ele. Sempre tendo entender o porquê das frases e dessa vez, parei para refletir um pouco a influência desse site de buscas em minha vida. Lembro do tempo que fazer buscas pela internet era usar a lupinha do Internet Explorer. Também teve o tempo do Cadê?, alguém lembra?

Mas o Google, sem sombra de dúvida, domina hoje em dia. Ao abrir o caderno Cultural do Jornal A Tarde de sábado (26 de maio), vejo que a matéria de capa é justamente sobre ele: o fantástico mecanismo de busca que tem a pretensão de ser a extensão do nosso cérebro. O livro contando a história do Google (Google - A história do negócio de mídia e tecnologia de maior sucesso dos nossos tempos), escrito por David A. Vise e Mark Malseed, já pode ser comprado por R$ 33,90.

Segue a matéria que conta um pouco dessa história e explica que papo é esse de extensão do cérebro...

PS: Usei o Google para achar o endereço do Cadê? hehehehehehe

A história da maior ferramenta de busca

A Tarde, Caderno Cultural

Os jornalistas investigativos David A. Vise e Mark Malseed não poderiam ter começado a contar a trajetória dos criadores da ferramenta de busca Google da maneira mais apropriada à carreira deles: saindo em busca de informações.

Mas, ironicamente, seguiram o caminho inverso do que fazem milhares de internautas quando necessitam pesquisar de forma rápida, detalhada e precisa: eles deixaram de lado um simples clicar de mouse e entrevistaram mais de 150 pessoas, levantando tudo que fosse interessante ter em mãos – vídeos, áudios, documentos e textos – para conhecer os “meninos” sóciosfundadores da Google Inc., Sergey Brin e Larry Page, que se conheceram em 1995, no campus de pós-graduação de Matemática da Universidade de Stanford, na ensolarada Califórnia.
No livro Google – A história do negócio de mídia e tecnologia de maior sucesso de nossos tempos, os autores levam o leitor além da ferramenta.E a questionar como uma tecnologia de busca por informações tornou-se indispensável de uma hora para outra, assim como nos fazem pensar sobre o avanço da tecnologia em nossas vidas.

VERBO – Desde a fundação, em 1998, o Google vem registrando crescimento. Em um ano, tornouse sete vezes maior. A ferramenta ganhou tanta popularidade entre os usuários que, em pouco tempo, “googlear” não apenas transformou-se em sinônimo do verbo “buscar” como passou a influenciar a cultura global.

Tanto é assim que os desafios da poderosa ferramenta, explicam os autores do livro, vão além do simples “clicar, pesquisar e encontrar”.A meta ambiciosa de Brin e Page é levar o máximo de conhecimento a um número cada vez maior de pessoas que trafegam na rede. Uma delas seria a digitalização de milhões de livros de bibliotecas de Stanford, Harvard, Oxford, Universidade de Michigan, entre outras.

O objetivo é tornar todo o conteúdo disponível online, para acabar de vez com as limitações físicas de uma biblioteca. Se a proposta parece grandiosa, talvez devêssemos lançar um olhar mais atento ao nome da ferramenta Google.Pensando em quantidades imensas de dados armazenadas, Sean Anderson, um cara que trabalhava com Brin e Page, quebrou a cabeça com os colegas durante vários dias para batizá-la. Surgiu o nome Googleplex, uma referência a googol, que é o número 10 elevado a 100.

“Google significa um número muito grande. É o número um seguido por cem zeros. Nós estávamos tentando criar um nome e não tínhamos certeza de como se soletrava, então acabamos escrevendo errado. É um termo matemático que é soletrado googol, a maneira correta de soletrar Google”, contou Page, em uma palestra a estudantes.Page disse que achou grande demais e sugeriu uma enxugada no nome: “E se tentarmos apenas Google?”. Nascia ali a ferramenta de busca.

Mecanisco de busca é uma extensão do cérebro

Hoje, é quase impossível imaginar a inexistência do computador e da própria ferramenta de busca, como se ambos fossem até uma “extensão do cérebro”. E não é que os planos ambiciosos da empresa Google esbarram justamente nesse campo?

Brin e Page esperam agregar recursos inovadores unindo ciência e tecnologia. Em pouquíssimo tempo, olharemos a atual ferramenta de busca como um mecanismo um tanto quanto “primitivo”. Os campos da biologia e da genética são o alvo dos jovens googlers, que pretendem investir na fusão entre ciência, medicina e tecnologia.

A inovação partirá do centro de pesquisas avançadas do Google. “Poucas pessoas na ciência da computação estão alertas a alguns dos desafios de informação na biologia e suas implicações para o mundo. Nós podemos arquivar uma enorme quantidade de dados de forma muito barata”, prevê Brin.

E, nesse aspecto, Brin e o sócio acreditam na ferramenta como um suporte aos internautas ávidos por achar informação rápida e certeira, produzindo respostas superiores às que são encontradas nas ferramentas existentes na rede mundial.

APLICABILIDADES – Devolver ao usuário desta tecnologia de rastreamento de informações o que ele realmente busca esbarra justamente nas aplicabilidades que a inteligência artificial e novos métodos de tradução de línguas podem proporcionar no campo da pesquisa na internet. Para chegar ao máximo com a ferramenta, Larry e Sergey montaram equipes de especialistas dos mais variados segmentos – de CEOs garimpados de companhias a Ph.Ds e professores universitários.

A idéia não é apenas fazer nascer dentro do próprio mecanismo Google um universo de informações superior ao que conhecemos hoje.
Segundo os desenvolvedores da tecnologia mais acessada na rede, os benefícios estarão disponíveis para o grande público, que encontrará na rede mundial informação cada vez mais selecionada.

Os “meninos” do Google estão agora debruçados em criar soluções interessantes e acessíveis para os internautas que buscam filmes, programação televisiva e de rádio, imagens e textos exclusivos. Há ainda muito a se explorar, por exemplo, no segmento de tráfego de voz e chamadas telefônicas, material educativo e até mesmo pesquisa sobre o espaço.

Mas isso não quer dizer que vão parar por aí: hoje, pensam em aprimorar sistemas de tradução, projeto que pretende aproximar trabalhos interessantes em línguas que muitos não dominam, promete Brin. E, até, acredite, criar uma grife com a marca Google, em parceria com a Calvin Klein.

Sobre o que a empresa ainda está por fazer a longo prazo, comentam os autores do livro, os rapazes do Google vislumbram chegar a alcançar fontes de energia limpas e renováveis, para abastecer o Google e ampliar o crescimento econômico. É o que podemos dizer sobre o que significa pensar grande, em se tratando de uma empresa fundada há menos de dez anos.

E, dentre os projetos mais audaciosos que a Google está de olho, há os de pesquisa biológica e genética. A busca inteligente – a de “googlear os nossos genes” – já está a caminho. O velho modelo do cientista trabalhando em laboratório começa a ser pensado por pesquisadores a partir de uma nova estação de trabalho: do computador, conectado a bases de dados pela internet, o cientista poderá simular suas pesquisas no próprio ciberespaço. O usuário seria, então, capaz de lançar mão de um sistema de busca inteligente com conteúdo que o transportasse até mesmo ao genoma e à estrutura do DNA, cuja disponibilidade em rede alcançasse uma quantidade inimaginável de possibilidade de pesquisa de bilhões de dados.

E, segundo explicam os autores do livro, o Google topou o desafio de organizar e juntar os dados especializados. Em pouco tempo, novas descobertas no campo da genética estarão disponíveis para que o cientista do laboratório reúna o maior número possível de informações em questão de segundos. Googlear significa, também, criar!

3 comments:

Giselma Barbosa said...
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Giselma Barbosa said...
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Giselma Barbosa said...

Fiquei tentando lembrar aqui por conta própria o endereço do "cadê"..rsrsrs. Nem lembrei, então cliquei no link para relembrar. Antigamente, o "cadê" já tinha entrado por osmose..Quando o google surgiu logo, eu sempre acessava o "cadê", era o site de pesquisa que tinha em mente. E sempre escutava: "Não é "cadê";agora é google Giselma".