As feiras de tecnologia são um convite à imaginação. Nos levam
ao mundo da fantasia; nos remetem ao encantamento infantil dos tempos do
brinquedo Lego. O consumismo, claro, está no pacote. O sonho de viver
numa casa digital custa caro e é inacessível a maioria dos mortais. Mas
que dá uma baita vontade de experimentar botões, controles,
dispositivos, cliques e todos os confortos que eles proporcionam, dá.
A última feira que me chamou atenção foi montada durante o
Congresso de Informática e Inovação na Gestão Pública, realizado em São
Paulo no fim de maio. O cenário da chamada Cidade Digital ocupou 150 m2
da Federação do Comércio. Todo o local tem conexão sem fio (wireless).
Os detalhes estão na coluna "Tecnologia" do portal de notícias
G1:
"Na pracinha central, os orelhões têm tecnologia VolP. No Tribunal de
Justiça, os processos são digitalizados e podem ser consultados via
internet. Na escola, uma lousa inteligente exibe documentos do
computador. No hospital, os médicos já sabem qual o problema do paciente
antes mesmo de ele desembarcar da ambulância. E nos ônibus, as passagens
são pagas com o telefone celular."
A tecnologia de pagamento de transporte público com celular já
existe na França; basta o usuário aproximar o telefone ao dispositivo de
cobrança instalado nos ônibus. A cobrança, que é feita através dos
créditos do telefone ou débitos na conta bancária, depende dos
cartões SIM dos celulares, ou seja, só pode ser feita nos aparelhos
com tecnologia GSM.
Fico pensando.... Em Salvador a mudança do Smart Card, que
desde o ano passado foi substituído por um cartão eletrônico, já causa
"pano pra manga". Usuários reclamam das falhas no sistema - já houve
casos de cartões que têm crédito mas não foram aceitos pelo dispositivo
por falta de manutenção.
Imagine andar de "buzu" pagando a tarifa com o telefone celular.
Como se diz na minha terra: é muita areia pro nosso caminhão.....
Wednesday, May 30, 2007
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1 comment:
No estado que tem mais de 30% da população analfabeta é difícil mesmo imaginar uma "cidade digital". Até lá ainda é preciso emprego, acesso, comida, educação, ou seja, vontade política.
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