Monday, May 21, 2007

Sérgio Amadeu x Microsoft


Apesar de ser um assunto velho (2004), fiquei curiosa com relação a fala de André Lemos, na aula de hoje, quando citou uma "comparação" que Sérgio Amadeu, uma das principais autoridades do governo brasileiro no projeto de incentivo ao uso de software livre, fez entre a Microsoft e o tráfico de drogas. Segundo Amadeu, a estratégia da empresa de ofertar a gestores do poder público o sistema operacional Windows, sem a cobrança imediata do pagamento das licenças de uso, era como a “prática de traficante”.

Estou aqui pesquisando sobre o assunto, para entender melhor o que aconteceu. Encontrei textos interessantes, inclusive um que fala em uma "campanha de solidariedade" ao Sérgio Amadeu. Seguem trecho do texto e outros links.

Lançada campanha em solidariedade a Sergio Amadeu

A Microsoft decidiu interpelar judicialmente o presidente do Instituto Nacional de Tecnologia da Informação (ITI), Sergio Amadeu, uma das principais autoridades do governo brasileiro no projeto de incentivo ao uso de software livre. Amadeu recebeu uma notificação judicial e deve responder nesta quarta-feira (15) o pedido de explicações protocolado pela empresa norte-americana em função de declarações publicadas na matéria da edição de 17 de março da revista Carta Capital intitulada “O Pingüim Avança”.

O argumento apresentado pela Microsoft à Justiça Federal é de que algumas das colocações do presidente do ITI divulgadas pelo periódico semanal poderiam ser enquadradas como crime de difamação previsto na Lei de Imprensa. A matriz brasileira do megamilionário Bill Gates questiona a comparação - atribuída a Amadeu na revista - entre a estratégia da empresa de ofertar a gestores do poder público o sistema operacional Windows sem a cobrança imediata do pagamento das licenças de uso e a “prática de traficante”.

“Não disse as coisas dessa maneira, mas questiono, sim, a adoção do que chamamos de técnica de aprisionamento”, afirma Sérgio Amadeu, comandante da autarquia ligada ao Ministério da Casa Civil. Essa técnica, explica no artigo “A indústria monopolista de software quer instituir a censura sobre suas vulnerabilidades” o professor Pedro Rezende, do Departamento de Ciência da Computação da Universidade de Brasília (UnB), “a obsolescência e a dependência (a padrões fechados) precisam ser programadas para garantir-lhe a segurança do negócio”. “No caso das drogas”, observa o professor, “é a própria fisiologia do organismo consumidor que provê essa programação, mas no caso do software essa programação precisa ser embutida no objeto de consumo”.

Leia na íntegra!

A ação de apoio (abaixo-assinado virtual) divulgado na época - ainda recolhe assinaturas!

Site do Terra: MS esclarece pedido de explicação a diretor do ITI
Blog do Sérgio Amadeu: http://samadeu.blogspot.com/

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