Na aula do dia 22 de maio, falamos das três fases da história da informática, definidas por Philippe Breton : a primeira, de 1940 à 1960, onde a informática estava diretamente ligada à cibernética; a segunda, de 1960 à 1970, com os grandes sistemas centralizados e vinculados à projetos militares; e a terceira, de 1970 até hoje, caracterizada pela micro-informática e pelas redes de telecomunicação.
André Lemos acrescentou uma quarta fase ao processo, que estaria sendo vivida nos dias de hoje: o Ciberespaço. Nele, o computador não é um simples PC (personal computer), nem mas um CC (conecting computer). Vivemos a era do CCm, ou computadores conectados móveis, com tecnologia sem fio. É o tempo da inteligência coletiva e da colaboração.
Ao avançar nesse tema, André Lemos fez colocações muito interessantes se referindo a “inteligência” das máquinas. Citou um autor, que agora não lembro o nome, afirmando que enquanto as máquinas não tiverem consciência, elas não pensarão e, portanto, não podemos chamá-las de INTELIGENTES. O que chamamos de MEMÓRIA, no computador, não faz um registro do processo, apenas do produto final. Não passa de um estoque. O processo de construção não fica armazenado e nem pode ser ativado por sons ou cheiros.
Em meio a essas reflexões, abri o jornal A Tarde da quarta-feira e ví essa reportagem sobre o conceito de Inteligência Artificial. Nela, temos alguns dos avanços em pesquisas na área. Boa leitura!
INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL AVANÇA EM PRODUTOS COMUNS
Não é só em filme que você já entrou em contato com a inteligência artificial (IA). Se em séries como Matrix e O Exterminador do Futuro as máquinas têm consciência própria, tomam decisões e até se rebelam contra o homem, no dia-a-dia os frutos das pesquisas em torno da IA são mais simples e amistosos.
Os conceitos desse campo de pesquisa estão, por exemplo, nos buscadores e aplicações na internet que usam os hábitos dos usuários para personalizar e aperfeiçoar os resultados (vide Google e Last.fm). Ou seja, aprendem e se adaptam.
NOVA GERAÇÃO – Mas a nova geração da internet, a web 3.0 ou web semântica, é ainda mais inteligente.Nela, linguagens padronizadas traduzem o contexto das páginas da rede para os softwares.Assim, uma aplicação educacional seria capaz de, sozinha, reconhecer em sites diferentes e outros depósitos de informação onde estão dados como a população do Brasil, o PIB e a porcentagem de pessoas alfabetizadas. O software poderia cruzar as informações para apontar o PIB médio dos analfabetos do País.Porém, hoje existem mudanças mais visíveis oriundas das pesquisas em IA – e no cotidiano de pessoas comuns. Por exemplo: o sistema de reconhecimento de fala usado por celulares e os videogames com inimigos cada vez mais esper tos.
Os carros modernos também são agraciados com toques de inteligência artificial; sistemas que se adaptam ao jeito de dirigir do motorista ou que controlam a mistura de combustível são frutos de pesquisas nessa área.
Mas os veículos podem ser ainda mais inteligentes: um desafio chamado Grand Challenge vai premiar carros dirigidos apenas pelo computador de bordo. Eles devem atravessar um percurso urbano de 96 km seguindo as leis de trânsito da Califórnia (EUA) em novembro deste ano. O evento é organizado pela Darpa, uma agência do governo norte-americano de pesquisas militares e berço da internet.
Os robôs, tão presentes no imaginário, não estão esquecidos por pesquisas reais. Na semana passada, a New Scientist divulgou que um deles cruzou a barreira simbólica e real do auto-reconhecimento.
Nico, desenvolvido na Universidade Yale (EUA), percebeu, em um espelho, seu próprio braço se movendo. O objetivo é desenvolver uma máquina que aprenda socialmente, não apenas de forma programada.
Também na semana passada, pela primeira vez, mais máquinas reais do que ficcionais entraram no Hall da Fama dos Robôs, organizado pela Universidade Carnegie Mellon, dos EUA. Uma mostra de que o real, nessa área, começa a se equiparar com a ficção.
No Brasil, muitas das pesquisas em IA poderão ser vistas no começo de julho, quando acontece o sexto Encontro Nacional de Inteligência Artificial (Enia), promovido pela Sociedade Brasileira de Computação, no Rio de Janeiro.
CONCEITO GANHA O COTIDIANO - Os jogadores de videogame conhecem bem o significado do termo inteligência artificial: inimigos mais espertos e surpreendentes ou personagens que respondem às condições criadas pelos jogadores, como é o caso de The Sims – um dos maiores sucessos da história dos videogames.
Mas a inteligência artificial não se limita à área de entretenimento. Sistemas de reconhecimento de voz, cuja presença começa a se popularizar em carros e em celulares, por exemplo, são desenvolvidos utilizando-se métodos desse campo de estudos.
Alguns modelos de carros modernos ainda são agraciados com câmbios que se adaptam ao estilo de dirigir do motorista.
Outros conseguem otimizar o consumo do combustível, também considerando quem dirige.
Thursday, May 24, 2007
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1 comment:
Vivian,
A inteligência artificial, em sua essência, está ligada a linguagem natural. Dá uma olhada nesse demo.
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