Wednesday, May 9, 2007

Jornalismo Open o quê??


Jornalismo Open Source, 3.0, jornalismo cidadão, participativo, colaborativo, cívico e ainda jornalismo de base (grassroots journalism). Nomenclatura é o que não falta para entender este fenômeno no jornalismo que começa a efetivar no Brasil. Cada cidadão é um repórter é a base, o objetivo principal deste novo processo de produção das notícias. O site sul-coreano OhMyNews, pioneiro no jornalismo cidadão já conta com cerca de 50 mil colaboradores.

No Brasil, este fenômeno começa a aparecer ainda que timidamente em alguns sites como o Eu Repórter do Globo, FotoRepórter, da Agência Estado, Minha Notícia do IG, entre outros. Este tema, contudo, emana algumas questões a serem discutidas e/ou melhor estudadas. E quanto a credibilidade das notícias? A participação dos jornalistas passa a ser secundária neste processo?


Estas questões foram debatidas ontem no final da palestra da professora Suzana Barbosa durante o Ciber.Comunica na FJA. Na discussão, Suzana deixou claro que o joralista não tem seu papel ameaçado ou apagado neste processo. O que ocorre é que o jornalista passa a dividir, compartilhar o poder com os demais usuários/leitores. "Há uma descentraliação deste poder que antes era somente do jornalista", afirmou.

Lembrei-me,então, de uma matéria que li na Revista Imprensa no mês de abril abordando esta temática e todo o misticismo que (ainda) há por trás do jornalismo Open Source.

Na matéria "Nós, a Mídia", há entrevistas com Ana Maria Brambilla, que defendeu o mestrado sobre o jornal sul-coreano OhMyNews, dicas de sites no Brasil e no mundo que utilizam este recurso e ainda, uma entrevista com o jornalista americano Dan Gillmor, um dos mais referenciados da área sobre a temática e autor do livro "We The Media" (Nós, a Mídia).


Para Gillmor, o jornalista passa a ser um verdadeiro guia para todas as informações úteis.

Um excelente leitura.








1 comment:

Najara Lima said...

o que me deixou um pouco decepcionada com o livro do gillmor é que eu achava que ele teria um tom mais teórico, mas o livro é mais um relato mesmo. até conversei sobre isso com yuri, nosso colega de curso. de qualquer forma, é uma boa indicação de leitura para quem quer saber mais sobre formas de participação do cidadão na produção de conteúdo.