Wednesday, June 6, 2007

Viagem cibernética

Terça-feira, 22, fim de tarde. O trânsito na região do Iguatemi até que não estava tão complicado – pelo menos, no momento em que eu me dirigia até a Jorge Amado. Cheguei a estranhar. A aula começou exatamente às 19 horas. Eu acredito que André Lemos e meus colegas também se safaram do engarrafamento. Enfim, é a quarta aula e mais informações sobre Cibercultura e novos formatos de produção de conteúdo chegam ao meu conhecimento.
Estava muito depressiva neste dia. Em meio a tantos pensamentos que emergiam da minha mente comecei a imaginar os jovens estudantes californianos reunidos, lá pela década de 70, buscando a maneira ideal para criar o computador pessoal e as etapas até chegar ao resultado final: METAFÍSICA, GIUSEPER, MICROINFORMÁTICA, CIBERESPAÇO.
De máquinas de calcular capazes de armazenar programas até então utilizados pelos militares para cálculos científicos, por volta de 1945, os computadores passaram a ser um instrumento de criação, organização e diversão. “Um verdadeiro movimento social nascido na Califórnia na efervescência da ‘contracultura’ apossou-se das novas possibilidades técnicas e inventou o computador pessoal. Desde então, o computador iria escapar progressivamente dos serviços de processamentos de dados das grandes empresas e dos programadores profissionais (...)” (Pierre Lévy).
De repente algo me fez rir. Foi quando André fez uma colocação: “Minha mãe pergunta o que sou mesmo”. Me lembrei quando vou casa dos meus pais, em Feira de Santana. O computador que até hoje tem no meu quarto – saí de casa faz mais ou menos uns seis anos – parece mais uma peça de museu. Ninguém usa, a não ser eu quando vou para lá. Meus pais estão totalmente por fora, mal sabem mover o mouse e dá um click (tadinhos, não são nem tão velhos assim!). Eles bem que tentam aprender, mas falta paciência. Tanto deles quanto minha. Vez ou outra pedem para em entrar em um site qualquer.
- Cadê o endereço?
- Acho que é...
Para o meu pai e demais usuários que buscam uma informação a saída é recorrer aos sites de busca como o Google. Ai tudo fica mais fácil. Ele é uma ferramenta de busca de forma rápida, detalhada e precisa -“na internet, o usuário pode buscar a sua informação em sites de busca e encontrar ‘n’ coisas”.
Sites como o Google tendem a funcionar como uma ferramenta de massa, mas não significa que a internet que o abriga seja um veículo de massa. Por quê? Enquanto os veículos de massa tentem a atingir o maior número de público devido à publicidade, a internet trabalha com nichos. Dizer que todos estão vendo a novela Pé na Jaca, da Globo, por exemplo, não é o mesmo dizer que todos estão acessando o Google. Na Globo, a programação é única enquanto você pode está buscando “n” coisas no Google, sem falar que você tem o controle do seu próprio tempo.
É fantástico! Mas, se eu continuar escrevendo vou perder o verdadeiro Fantástico, o da Globo (esse não dá para controlar). Até a próxima companheiros!

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