Sunday, June 10, 2007

OBRIGADA

Obrigada André Lemos. Obrigada Suzana Barbosa. Obrigada internet e afins. Obrigada caros colegas da turma. Sinto-me agradecida pelas aulas iniciais deste curso. Eu, que até então – aos 36 anos – tinha uma relação “amigável” com computadores, agora sinto-me imersa na cibercultura. Passei a assumir que sim – gosto muito dos computadores, da informática, da internet e tudo que o meio ciber nos proporciona. Meu marido, designer e publicitário, usuário da Apple, que sempre foi um apaixonado pelos computadores, costumava me criticar: como você, uma jornalista, não adora a internet? De fato, computador pra mim sempre foi uma máquina, um instrumento de trabalho. Nada além disso; não compreendia como uma pessoa trocava a leitura de um jornal impresso, com aquela deliciosa conseqüência de mãos sujas e informação acumulada, pela tela do computador. Nunca tive paciência para navegar. Enfim, nunca fui fisgada pelo meio ciber. Até este início de 2007.
Estou viciada na internet; adoro navegar, conhecer sites, conteúdos. O que aprendi nas aulas do André e da Suzana me surpreendeu; nunca poderia imaginar que este meio, novo, é cada vez mais novo, complexo, sedutor. Minha mãe, que aos 64 anos se tornou uma internauta assídua, que o diga. A internet é apaixonante. Agora sou eu quem dá dicas de sites interessantes para o meu marido. Sou eu – toda metida – quem explica aos colegas de trabalho, mesmo os mais jovens, o que é RSS, agregadores de notícia, CC, internet 2.0, 3.0... Nunca mais vou dizer que a internet não em encanta. Me encanta e seduz.
Acho que sou um exemplo de uma geração que foi obrigada, na marra, a lidar com a internet, e agora, não mais pela necessidade, mas por paixão, está de fato se interessando pelo assunto.
Aproveito para esclarecer um ponto de vista que gerou polêmica em sala de aula. Reafirmo que a internet não criou nada. Criar no sentido de mudar o que há de mais básico nas relações interpessoais – a necessidade de comunicação. O homem sempre quis se comunicar com o outro; por isso criou a linguagem, a escrita, o telefone, os correios, o celular... A internet potencializou e mudou as formas, os meios. Mas no fundo, penso eu, queremos a mesma coisa: se relacionar com o outro. Por isso também acredito que o discurso da desconstrução da socialização por causa da internet, é balela pura.

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