Sunday, June 10, 2007

A guerra fria do século XXI

Silenciosa, mas com conseqüências graves. A guerra cibernética, antes vista apenas em filmes de ficção científica tornou-se uma realidade no mês anterior através de ataques de DDoS (Distributed Deny of Service) há vários sites do governo, jornais e bancos da Estônia, incluindo os sites do parlamento e da presidência da república.
O país acusa a Rússia com quem vive uma crise diplomática desde que decidiu retirar uma estátua de bronze de um soldado soviético de uma praça em Tallin, capital do país. E, aparentemente, isto motivou os ataques.
Estúpido!
Ataques DDoS são caracterizados por solicitações em massa para um único site ou servidor, fazendo com que ele não suporte o tráfego e fique indisponível para outros usuários.
Segundo o governo da Estônia, os técnicos de TI identificaram que os endereços IP que originaram os ataques pertencem a computadores de agências governamentais russas. A Rússia negou o ataque, mas a União Européia e a Otan foram acionadas para ajudar nas investigações. Até a expressão “cyber terrorismo” foi utilizada.
O mundo está em alerta!
O problema é que os sistemas, mesmo os usados pelo governo americano (sempre apontado como a grande potencia) é falho. Os hackers já mostraram isso.A Guerra Fria do “novo mundo” não derrama sangue, mas pode tirar vidas de outras maneiras. Imagina que um ataque de “cyber terrorismo” desligue a energia de uma cidade, independente de onde seja; um local onde existem hospitais e centenas de pessoas sobrevivendo através de aparelhos. Vamos supor que a situação não seja revertida até que os geradores percam sua energia. Mortes serão igualmente causadas, mesmo que não tenha-se ouvido o som dos tiros ou de bombas explodindo, ou ainda que não tenha-se visto aviões soltando mísseis no céu.
Isso é só uma hipótese, mas a proporção do caos pode ser ainda maior. É incrível como conseguimos evoluir tecnologicamente, facilitar nossas vidas, mas continuamos portando os mesmos defeitos. Evoluiu-se a tecnologia, evoluiu-se a guerra. Regrediu-se o homem!

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