Friday, June 8, 2007

Minitel brasileiro


Na última aula o professor André Lemos falava sobre os pontos para compreender a nossa época, quando voltou a citar o Minitel. Para muitos o assunto passou despercebido, mas para quem foi usuário do Videotexto, não dá para esquecer. Era o “supra-sumo” da tecnologia dos anos 80, pelo menos para nós cidadãos comuns. Antes de sair da faculdade consultávamos o terminal da biblioteca para saber a programação dos cinemas, a previsão do tempo, as notícias do Estadão. Em São Paulo o Videotexto foi implantado em 82 pela Telesp, baseado no Minitel francês. O terminal (primitivo como o da foto) era ligado por linha telefônica a um banco de dados. Era caro ter um terminal em casa, mas nas Universidades e bibliotecas paulistas os terminais eram de uso gratuito. No final dos anos 80, início dos 90, o Videotexo chegou a ter mais de 20 mil usuário. O serviço de maior sucesso era o Videopapo, a mesma coisa que os chats atuais, um pouco mais lento é claro. Naquela época os usuários chegaram a promover vários encontros “face a face”, um tipo de confraternização do Videopapo. Mais um exemplo de que a tecnologia não substitui as formas tradicionais de relação social, como explicou André Lemos. O Videotexto deixou saudade porque, assim como no resto do mundo, a tecnologia sucumbiu no Brasil. Só na França o Minitel resiste ao tempo. São mais de quinze milhões de usuários!
Depois não querem que digam que francês é teimoso...

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