Mais um dia de trabalho que começa às 4h20 da madrugada, de segunda a domingo a rotina é a mesma. Até quando isso meu Deus? O celular desperta às 4h, mais um dia de luta para Raimundo Oliveira Barbosa, 47 anos, como todos os outros. Abrir a panificadora, entregar os pães em vários estabelecimentos pela manhã e também à tarde, exceto aos domingos que a entrega ocorre apenas no turno matutino, apenas o domingo à tarde para tentar colocar o sono em dia e ter o merecido descanso. Almoçar em casa, mal lembra a última vez que tivera esse luxo, o tempo é curto, a panificadora ficar aberta o dia todo, sair às 4h20 e retornar às 22h todos os dias não é vida.
Lazer definitivamente não existe, o trabalho vem em primeiro lugar, trabalhar muito só assim para manter o que conquistou durante a vida. Faculdade dos meninos e cursos para pagar, telefone, água, luz, condomínio, contas e mais contas. A saúde está debilitada, cirurgia por fazer de hérnia umbilical, artéria no coração para desobstruir, gastrite atacada. Falta tempo, deixar a panificadora longe dos olhos, a mercê dos funcionários e nas mãos de um garoto de 23 anos, seria praticamente deixar abandonada.
Daqui a sete anos, chegará a sua aposentadoria, dormirá na porta do INSS, não vê a hora, viajará para passar dias na fazenda, algo que não faz devido a correria do dia a dia, a propriedade fica aos cuidados de um caseiro. Poder usufruir todos esses anos de luta em um lugar tranqüilo.
Lazer definitivamente não existe, o trabalho vem em primeiro lugar, trabalhar muito só assim para manter o que conquistou durante a vida. Faculdade dos meninos e cursos para pagar, telefone, água, luz, condomínio, contas e mais contas. A saúde está debilitada, cirurgia por fazer de hérnia umbilical, artéria no coração para desobstruir, gastrite atacada. Falta tempo, deixar a panificadora longe dos olhos, a mercê dos funcionários e nas mãos de um garoto de 23 anos, seria praticamente deixar abandonada.
Daqui a sete anos, chegará a sua aposentadoria, dormirá na porta do INSS, não vê a hora, viajará para passar dias na fazenda, algo que não faz devido a correria do dia a dia, a propriedade fica aos cuidados de um caseiro. Poder usufruir todos esses anos de luta em um lugar tranqüilo.
4 comments:
Gostei da narração, mas acho que o texto poderia ter mais descrição e até mesmo fluxo de consciência. Tadinho de Raimundo.
Giselma,
Entendo o que Liz diz. Uma coisa não exclui a outra. Para ter fluxo não precisa deixar de lado a descrição. O que parece ser o ideal é que consigamos escrever um texto literário com os três recurso - narração-descrição-fluxos. Iria dar uma incrementada na sua história, que ficou boa, mas se "seu" Raimundo aparece mais um pouquinho, ficaria ainda melhor.
Hummmm...é verdade.
Texto literário tem de ter as características básicas e a descrição é fundamental, tanto quanto as outras. Se usar todas num só texto, mais agradével e completa ficará o texto.
concordo com Luana. acho que precisamos sair dessa disciplina fazendo um texto literário que tenha uma boa narrativa, descrição e fluxo bem feitos. como esse era o último texto que iríamos produzir em sala seria legal tentar reunir tudo isso.
mas isso não desqualifica sua históri, Giselma! como Colling disse, o texto ficou bom! parabéns!
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