Wednesday, July 11, 2007

Jornalismo Literário - Pai querendo ser filho

Renê Vilela

O despertador é o celular. Seu alto som acorda qualquer ser humano. Trata-se do mais novo aparelho do Sr. Antônio. Faz filmagem, tira foto, tem até mp3. Seu Antônio, apesar de não ser mais jovem, está na casa dos seus 50 anos, se amarra em tecnologia e curte muito essas coisas modernas. Não admite, mas é influência do seu filho de 18 anos, que só vive no computador e é antenado nas novidades do mundo virtual. Gustavo, seu filho, é do tipo garotão, não quer nada na vida, só quer curtir praia, ouvir mp3 e se comunicar com as gatinhas pelo MSN, é muita interatividade..

Opa! será que seu pai sabe que ele tem uma tatuagem nas costas? Se souber, o velho vai ficar uma fera, por que neste aspecto ele é ainda tradicional. Será que seu Antônio está esclerosado e por isso busca desesperadamente entender a cabeça de seu filho e automaticamente dos seus colegas que possuem um linguajar diferente? Boa pergunta! Pô velho, bombou na festa bródi! A gata está na rede! Que diabos é bombou? Na rede?

Vai chegar um momento em que o Sr. Antônio perceberá que não dá para ter dois comportamentos ao mesmo tempo. Antônio se imagina com um Ipod caríssimo no pescoço, semelhante a dos jogadores da seleção brasileira, que são visualizados pela tv, quando desembarcam do ônibus para entrarem no hotel, ouvindo as músicas mais badaladas do Rio de Janeiro, como: só as cachorras, Uh , Uh. Ou então uma axé music na voz de Ivete Sangalo: poeira, poeira, levantou poeira. É, todo esse comportamento do Sr; Antônio é normal, faz parte de uma estratégia para ficar mais próximo de seus bambinos.

10 comments:

Najara Lima said...

Assim como no texto da Sílvia Raphaella, também senti falta de descrição no seu texto, René. Queria saber como é o Sr. Antonio, se tem barba, se é alto, quantos filhos tem, se é casado, com o que trabalha, sei lá. Idem para os filhos. E desconfio que esse senhor curioso frente a tecnologia tem muita chance de ser você. Estou certa?

Fábio Guerra said...

Ontem tava meio corrido, mas lendo seu texto com calma entendi melhor o sentido. O título que você escolheu também está mais adequado do que aquele que eu sugeri.
Durante a construção do texto, percebi em você uma certa ânsia para gerar emoções no leitor (risos, choros, etc.)Você já tem esse dom!! Observe que quando você abre a boca na sala todo mundo ri. Sugiro então que deixe esse seu lado espontâneo fluir nos seus textos, ok?
Abraço!

Adriana Rodrigues said...

o texto está legal Renê, porém a descrição é um ítem fundamental no jornalismo literário, o que faltou um pouco no seu. Talvez porque estmamos um pouco preso ao factual, e é até normal. Tudo é uma questão de prática.
Mas não desista por favor!!
absss

André Martins e Ariele Andrade said...

Pelo visto esse Sr. Antônio é uma figura ímpar assim como você Renê! Mas senti falta de mais um pouco de descrição...
jogue duro rapaz!!!

Débora said...

A imagem do Sr. Antonio eu vejo refletida em vc. Gostei do texto, vejo que cumpriu com o que queria, embora faltasse um final.

Vivian Barbosa said...

vc poderia ter explorado um pouco mais esse contraste do Sr. Antônio, de ser alguem que quer um iPod mas não aceita tatuagens... esse conflito na cabeça dele poderia ter apimentado mais o texto.
bjoo!

Silvia Raphaella said...

Renê chegou um momento do texto que eu imaginei que fosse vc esse Sr Antonio, adorei.

Renata Leite said...

Acho que esse Sr. Antônio é você René, estou certa? Gostei do seu texto, mas acho que deveria ter usado um pouco mais de descrição. Vamos em frente...

Foco na News said...

Olá Renê...Gostei do seu texto, Sr. Antônio é um cara antenado hein. Mas, senti falta do final.
Blz!!!!

Leandro Colling said...

Todos cobram descrição, mas lembro que o exercício era de fluxo, ok? Bom texto, tá no "espírito". Com mais prática, Renê fará melhor.